Gerdau se une a grupos japoneses para produzir peças para setor eólico
A Gerdau lançará, na próxima semana, a Gerdau Summit, joint venture formada por ela e mais dois grupos japoneses: Sumitomo Corporation e The Japan Steel Works. A cooperação econômica das três empresas produzirá peças para o segmento de energia eólica e cilindros de laminação.
O lançamento ocorrerá pouco mais de um ano após o anúncio do interesse das empresas na parceria, que envolverá R$ 280 milhões em investimentos para a aquisição de novos equipamentos de produção. O empreendimento ficará dentro da usina da Gerdau em Pindamonhangaba, que fornecerá os aços especiais para a produção das peças para as torres de geração de energia eólica — eixo principal, rolamentos da pá e rolamento da torre. À época do anúncio, em janeiro de 2016, a previsão é que deveriam ser gerados 100 novos postos de trabalho diretos.
Além de equipamentos para a indústria eólica, a nova empresa também produzirá cilindros para a indústria do aço e do alumínio, produtos que já vêm sendo produzidos pela Gerdau e comercializados para mais de 30 países. A capacidade total de peças para indústria eólica e cilindros deverá alcançar 50 mil toneladas por ano.
A iniciativa é resultado do projeto Gerdau 2022, que visa aumentar a competitividade de todas as operações a partir de uma visão estratégica de longo prazo.
Perspectivas do setor
As perspectivas para a indústria eólica no Brasil são promissoras. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica, a capacidade eólica instalada atual no Brasil responde por 6% (8 GW) da matriz de energia elétrica. Em 2024, deverá alcançar 11% de participação (24 GW), conforme o Plano Decenal de Expansão de Energia, do Ministério de Minas e Energia. A geração de energia eólica é especialmente propícia nas regiões nordeste e sul, pelos ventos constantes e condições favoráveis à instalação dos equipamentos. Além disso, a energia eólica é uma forma de geração limpa e sustentável, evitando a emissão de CO2 na atmosfera.