Papo Reto com Ana Maria Correia Guimarães Iadeluca
Ana Maria Corrêa Guimarães Iadeluca é a a personalidade da coluna Papo Reto de hoje. Ana Maria é publicitária, atriz, escritora, Administradora de Empresas, com especialização em Marketing Cultural. Iniciou sua carreira em 1962, no programa estudantil “A Voz da Poesia” da Rádio Difusora de Pindamonhangaba como locutora. Em 1964 participou de várias peças teatrais. Atuou como atriz ao lado de Mazzaropi. Por mais de vinte anos dedicou-se à publicidade. Autora do livro “Mulher”, participou em várias Antologias, coordenou textos no jornal “O Escritor “ da UBE. Ana Maria pertence a UBE, União Brasileira de Escritores, AJEB, Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, é Membro Titular 35T e Presidente da APL Academia Pindamonhangabense de Letras.
TN – Você está há quanto tempo na presidência da APL? E nos fale dos objetivos da academia.
Eu assumi o cargo de Presidente no dia 01 de fevereiro de 2021
A Academia Pindamonhangabense de Letras tem por finalidade e objetivos,
1. Cultivar e cultuar a língua e a literatura nacional, tendo como tarefa essencial, a pureza e dignidade do idioma pátrio;
2. Incentivar a cultura nacional, primordialmente a municipal;
3. Congregar expoentes da literatura, das artes e da música e realizar atividades culturais na cidade de Pindamonhangaba;
4. Promover atividades educacionais e culturais;
5. Valorizar o patrimônio histórico-literário, cultural e artístico de Pindamonhangaba;
6. Promover concursos literários, para a divulgação dos nomes da cultura de nossa terra;
7. Realizar palestras sobre os grandes vultos brasileiros, em especial de Pindamonhangaba, com destaque para os Patronos de suas Cadeiras;
8. Colaborar com entidades congêneres e órgãos públicos nas iniciativas que incentivem a história, a cultura e a arte, assim como a sua preservação.
TN – Qual é a importância da Academia Pindamonhangabense de Letras para a promoção da literatura e da cultura em sua região?
A APL atualmente é a maior academia de letras do vale do Paraíba contando atualmente com 50 Acadêmicos divididos em Titulares e Honorários. Contamos também com Correspondentes. Além das nossas Sessões Solenes, promovemos Saraus, realizamos palestras em escolas dos mais diversos níveis, eventos comemorativos com órgãos públicos, como por exemplo, a Comissão do Bicentenário da Independência, Encenação Pública da Passagem de D. Pedro pela cidade, Solenidade de Hasteamento das bandeiras no 7 de setembro, Dia da Mulher (com estande no shopping), da Poesia, interagimos com diversas outras Academias do Vale, o lançamento de livros dos acadêmicos e Antologias comemorativas.
TN – Como a academia tem buscado envolver os jovens e incentivar o interesse pela literatura e pela escrita criativa?
Primeiramente fazendo palestras nas escolas da cidade, contatos ao vivo com apresentação de obras clássicas de nossos autores, sempre com muita sinergia e efetiva participação dos estudantes, premiações de concursos literários na escolas, divulgação nas mídias sociais, convites para professores e estudantes conhecerem a nossa Sede “Sala Balthazar de Godoy Moreira” instalada no Palacete 10 de Julho e a recepção de todos em nossas instalações, premiações de concursos de poesias das escolas em Sessão Solene com certificação de cada premiado. Na sessão deste mês de junho, fará parte da programação, a comemoração dos 10 anos de existência da “Liga da Leitura”, um projeto audacioso de iniciativa do acadêmico Ricardo Estevão de Almeida e a cada dia aumenta o número de jovens que participam da Liga. Somos criadores e temos uma grande e efetiva participação na realização do Festipoema Festival Internacional de Poesias, em conjunto com a Secretaria de Cultura e Turismo, dentre outras tantas atividades.
TN – Quais são os principais desafios enfrentados pela academia no cumprimento de sua missão de preservar e valorizar a língua portuguesa e as letras em Pindamonhangaba?
Recursos financeiros principalmente. Os acadêmicos contribuem com uma anuidade de valor simbólico. Como somos legalmente considerados de Utilidade Pública, há uma previsão legal de contribuição anual dos cofres públicos, mas que, infelizmente, por óbices do processo administrativo, tem impedido que isso aconteça.
Temos muitos projetos e ações planejadas que podem ser incentivados sob a égide de vários diplomas legais, e utilizados pela inciativa privada dos mais variados segmentos da atividade econômica.
Temos uma gama enorme de projetos voltados para essa preservação e valorização, porém com uma receita financeira maior, com absoluta certeza a Academia pode fazer muito mais.
TN – Quais são os projetos atuais da academia para promover o intercâmbio literário e cultural com outras instituições e comunidades?
Temos uma participação muito importante nas atividades do conjunto de academias vale-paraibanas; participamos de encontros anuais desse grupo, trocamos experiências obtendo novos conhecimentos. Um evento de suma importância, será a realização da Festa Literária de Pindamonhangaba, a Flipinda, em outubro deste ano.
TN – Como a academia tem se adaptado às mudanças tecnológicas e às novas formas de leitura e escrita que surgiram nos últimos anos?
A APL está integrada às mudanças tecnológicas deste Terceiro Milênio, adaptando-se ao universo digital, utilizando tecnologias disponíveis não só para a sua gestão, como no seu processo de comunicação através das redes sociais, tais como Instagram, Facebook, Whatsapp; temos buscado operar também nas mídias digitais, como livros autorais de nossos acadêmicos – alguns – sendo produzidos em formato e-book. A própria existência da Liga da Leitura é uma prova inconteste de que o mais importante “é o conteúdo literário” sem prejuízo da forma utilizada para essa leitura.