Pinda na Revolução Constitucionalista
Pindamonhangaba, que sempre atendeu aos interesses da Pátria, também foi à luta em defesa da Constituinte. O 9 de julho de 1932, dia que marcou o início da Revolução Constitucionalista, também é data relembrada com orgulho pelos pindamonhangabenses.
A cidade, a exemplo de outros municípios, enviou seus homens para o front e teve entre seus heróis o comandante da Força Pública, coronel Júlio Marcondes Salgado.
“Infelizmente, na tarde de 23 de julho, numa demonstração de armamentos em Santo Amaro, o estilhaço de uma granada que explodira acidentalmente no tubo de um morteiro em experiência, atingiu a carótida do coronel Júlio Salgado, causando-lhe morte instantânea”, relembra o professor Moacyr de Almeida, acrescentando que o pindamonhangabense recebeu promoção “post mortem” ao posto imediato, transformando-se no primeiro general dos paulistas (primeiro general da Polícia Militar, então Força Pública do Estado de São Paulo).
Outras participações de pindamonhangabenses são citadas pela escritora Hilda César Marcondes da Silva em artigo publicado na Tribuna do Norte (edição 11/6/1982):
O sargento da Força Pública, Estanislau Custódio esteve no Batalhão Bicudo Leme, que era constituído por homens de todas as classes sociais, independentemente de credo ou cor. O pindense Gastão Goulart esteve no comando da Legião Negra. As mulheres de Pinda organizavam cafés e até costuraram uma bandeira paulista para o batalhão de índios aquartelado no município.
A Santa Casa transformou-se em Hospital do Sangue, tendo no corpo clínico os doutores: Antônio Pinheiro Júnior, Oscar Varela Homem de Mello, Octávio Campello de Souza, Capistrano e Manoel Inácio Romeiro; e como enfermeiros e farmacêuticos: José Boueri, Italo Consetino e José Bartolomeu Barra. O estudante de Medicina Mário de Assis César e os sargentos Vasconcellos e Paiva também auxiliaram.
O monsenhor João José de Azevedo, na época vigário de Pinda, foi para a linha de frente como capelão. Entre os voluntários que foram para o front estavam também Mário Amadei, Geraldo Gonçalves Salgado Pires, Preto Baia, designado como cozinheiro do coronel Euclides Figueiredo comandante da linha frente, setor norte. E também outro preto muito estimado na cidade, o Manecão, que era motorista dos irmãos Valentini e serviu como chofer dos militares.
Era prefeito de Pinda, na época, o dr. Francisco Lessa Júnior e prefeito militar, nomeado pelo comando das Forças Constitucionalistas, o dr. Antônio Augusto de Barros Penteado, tendo como auxiliar o dr. Continentino Guimarães.
Obs.: Outros pindamonhangabenses também lutaram bravamente pela Constituição, além destes citados neste artigo segundo pesquisa em escritos da romancista Hilda Marcondes e do professor Moacyr de Almeida. Lembramos que a Revolução de 1932 já foi assunto de nossa página dedicada a história de Pindamonhangaba, edições de 7/7/2006; 8/7/2008 e 13/7/2007.