Editorial : Pouco, mas nem tanto
Afirmar que o crescimento de 1% na projeção do PIB – Produto Interno Bruto – divulgado pelo Boletim Focus na terça-feira (14), para o ano de 2017, é reflexo da atuação do ‘novo Governo’ e da posse do economista Ilan Goldfajn para o Banco Central, ocorrido na segunda-feira (13), é bastante precipitado.
No entanto, ao menos neste ‘início’ de Governo, o mercado financeiro tem demonstrado confiança em uma possível recuperação econômica do país.
De qualquer maneira, cabe aqui editoriar sobre a expectativa de aumento de 1% (um porcento) no PIB. Pode parecer pouco, mas esse índice pode significar a saída do Brasil do buraco da recessão.
Em 15 de abril, essas previsões do próprio Boletim Focus – que reúne 100 especialistas – chegaram a mostrar um PIB de 0,20%. Agora, quase dois meses depois, registram 1% de alta.
No caso de 2016, as expectativas chegaram a beirar uma queda de 4% no PIB, mas o tamanho desse recuo começou a arrefecer e, agora, a projeção é de 3,60% de queda.
Os números reforçam a visão do Ministério da Fazenda, que informou que a recessão encontrada pelo ‘novo’ governo pode ser a maior da história brasileira.
Essa tendência de recuperação pode ainda se acentuar nas próximas semanas, conforme as propostas se transformem em medidas de fato.
Para 2018, as projeções para o PIB também avançam. Em abril elas mostravam que o país cresceria 1,5%. Nessa última semana, a expectativa avançou em 0,50 ponto porcentual, para um crescimento de 2%.
Não dá para avaliar até onde esses números vão chegar ou se é que vão a algum lugar, no entanto, o Brasil demonstra reação e nos dá esperança de acreditarmos na saída da crise e na retomada do crescimento.