O CALOR DA HUMILDADE

Se você for o primeiro a acertar o nome do Mendigo e de seu cão, ganhará um exemplar do cordel “Saí-Azul, o amor que valeu a pena”. Envie a resposta para o WhatsApp: 99735.0611 O frio assoviava arrepiando a madrugada. Eu voltava do trabalho protegido por luvas, cachecol e casaco, na vã tentativa de suportar … Ler mais

OS BICHOS DANÇARINOS

Aos domingos, íamos à casa da vovó materna onde, depois do café da tarde, nos reuníamos na sala de estar para ouvirmos reminiscências. Ainda me lembro, muito bem, quando ela contou: – Eu era menina. O circo apareceu na cidade desfilando carretas, trailers e, numa pequena jaula, o agitado filhote de gorila. Soube depois que … Ler mais

ACAMPAMENTO

A mirrada renda do pai era suficiente apenas para a subsistência familiar; por isso, o menino foi obrigado a trocar a festa de aniversário pelo acampamento no quintal e sessão de cinema, financiada pelo padrinho. Sendo assim, no fim daquela tarde outonal, ele e a mãe marcharam ao shopping, onde o único filme em exibição … Ler mais

O DOMADOR DE PULGAS

O homem de bigode postiço -imitaçãodaquele usado por Salvador Dali – conferia itens na mala de couro. – Garrafa plástica com água e sabão. Confere. Fazedor de bolhas de sabão. Confere. Focinhos de ajudante. Confere. Varinha de domador. Confere. Caixinha com pulgas. Confere. Após a conferência, vestiu o macacão de dálmata, enfiou o gorro de … Ler mais

O ÚLTIMO PEIXE

Por culpa da pandemia, há meses não visitava o avô. Porém, finalmente, havia chegado o dia de matar saudades e mostrar sua evolução no futebol.Ao lado do pai, o menino de ferrugem no rosto e cabelo encaracolado, carregava bola nas mãos. Diante da casa amarela, o pai o pegou no colo para que tocasse a … Ler mais

Espelho, espelho meu

A solidão é capaz de elaborar paliativos bizarros. Dona Gorda (assim se autodenominava) era viúva aposentada com catarata acentuada nos dois olhos; sem filhos, sem irmãos, sem ninguém. Trabalhara como bióloga enfiada nos recônditos da floresta amazônica, estudando batráquios. O seu amor pela saparia resultou na adoção de inúmeros anuros. A casa que habitava possuía … Ler mais

A SENHORA DOS GATOS

A Senhora dos Gatosbeirava os oitenta anos. Tinha cabeleira branca desgrenhada, roupa sempre amarrotada e arrastava uma das pernas. Herdeira de pequena fortuna não se casara, pois o amor de sua juventudeviajara à Europa a negócios, prometendodesposá-la assim que retornasse.Para suportar a espera interminável vivia com 128 felinos. 128, não! 130 ou 140. Não sei. … Ler mais

COROAVÍRUS

O caso é sério. O Covid-19 vem se espalhando pelo mundo e ceifando vidas, embora haja quem não dê a mínima para ele. Para a nossa sobrevivência, precisamos repetir o ato do governador romano da província da Judeia, Pôncio Pilatos. Não para nos eximirmos de responsabilidades, mas para assumi-las. A higiene pode salvar a nossa … Ler mais

O NOME DA PROFESSORA

Aconteceu em uma escola rural. No primeiro dia de aula a criançada acordou antes de o galo cantar, pois precisava dar boas pernadas até o estabelecimento de ensino. Pelo caminho, formava-se fila indiana de meninos e meninas de pés descalços. Dona Coroca era quem cuidava da escola. A nonagenária caminhava três quilômetros por dia com … Ler mais

MEDITAÇÃO

Alberto Wladimir Cardoso foi a primeira pessoa a acertar o enigma do último Proseando. Respondeu “Pindamonhangaba” e ganhou ocordel “Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda”. (A letra inicial de cada parágrafo formava o nome de nossa cidade). Parabéns, Alberto! Agora chegou a sua vez. Descubra porque o mineirinho errou o local da meditação. … Ler mais

ABRA OS OLHOS, TIA

Catarina, professora da Escola Municipal Mário Antonio Bonotti- Redentorista foi a primeira pessoa a acertar o enigma do último Proseando. Respondeu doce de abóbora e ganhou o chocottone. Parabéns, Catarina! Quem primeiro enviar a resposta correta ao WhatsApp 99735-0611, ganhará o cordel “Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda”. ABRA OS OLHOS, TIA Prezada … Ler mais

VENUSIANO TEM TRÊS OLHOS?

Minha avó tinha cabelos cor de algodão e usava óculos sem lentes, pois não carecia usá-los. Usava-os porque achava elegante puxá-los para a ponta do nariz enquanto contava estórias. Ela dizia que tinha os olhos mais potentes que o Hubble, pois quando a noite estava limpinha podia ver todos os planetas como se estivessem na … Ler mais