A cada dia, duas pessoas morrem afogadas em SP
Em levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo destaca-se que, a cada dia, duas pessoas morrem, em média, vítimas de afogamento no Estado. E 50,2% desses óbitos são de adultos entre 20 e 49 anos.
Os dados, referentes a 2015, servem como um alerta para os cuidados que banhistas devem ter no mar, piscinas, rios, lagos e cachoeiras, especialmente no verão, quando o fluxo de pessoas nessas áreas é maior.
Das 17 áreas dos Departamentos Regionais de Saúde, seis apresentaram menos mortes em 2015 em relação à 2014, após atendimento médico na rede pública de saúde. Entre elas estão: Grande São Paulo, Araçatuba, Campinas, Marília, Sorocaba e Taubaté. Enquanto isso, outras dez registraram aumento nos óbitos: Baixada Santista, Barretos, Bauru, Franca, Piracicaba, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Sorocaba.
Segundo o diretor operacional do Grau (Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências) da Secretaria, Jorge Michel Ribera, alguns fatores influenciam o aumento dos riscos de afogamento durante o verão, como as típicas temperaturas altas da estação, a larga disposição de água doce na capital e no interior, além da vasta extensão de praias no litoral.
“Contabilizando os casos que atendemos, podemos citar a embriaguez dos adultos como o principal agravante dos afogamentos. E, logo em seguida, o desrespeito aos alertas de perigo, o uso de flutuadores – como colchões infláveis – e as brincadeiras de mau gosto dentro d’água”, evidencia o médico.
Em 2015, 752 pessoas morreram por afogamento no estado de São Paulo, enquanto apenas 73 foram internadas. Dados como estes, mostram que há um alto índice de vítimas fatais nesse tipo de acidente.
No ano anterior, em 2014, foram 788 óbitos e 104 internações em decorrência de afogamentos.
Em dados preliminares, até agosto de 2016, há registros de que 76 pessoas foram internadas no Estado, enquanto 420 foram a óbito neste mesmo período. Como o verão está próximo, vale ressaltar a importância da conscientização dos riscos e dos cuidados a serem tomados.
12 dicas para evitar afogamentos:
1. Designe uma pessoa específica para tomar conta de crianças. Essa pessoa deve, por exemplo, reduzir o consumo bebida alcoólica e se concentrar exclusivamente nas crianças;
2. Não confie na falsa impressão de segurança que comumente os pais têm com o uso de boias e com a presença de outros banhistas conhecidos em torno da piscina;
3. No clube, lembre-se de que o salva-vidas tem um grande universo de pessoas para observar e de que a visão dele pode ser prejudicada pelo ângulo ou pela movimentação das pessoas;
4. Em locais de correnteza, jamais desobedeça a sinalização do Corpo de Bombeiros;
5. No mar, em rios e outros locais com correnteza, o ideal é que o nível da água não ultrapasse a cintura do banhista para que ele não seja surpreendido por depressões no solo ou ondas e correntes inesperadas;
6. Se for para o fundo usando uma boia, jamais a abandone, mesmo que perca o controle da situação;
7. Caso se sinta em perigo, evite gritar e não nade contra a correnteza para poupar o fôlego e evitar a fadiga. Sinalize pedido de ajuda com os braços e procure boiar.
8. No caso de perder o controle do corpo em rio, nade no mesmo sentido da correnteza e procure avançar lentamente pelas laterais até alcançar as margens.
9. Não mergulhe de cabeça em depósitos naturais de água, pois o fundo está em constantes transformações. O choque com o fundo pode causar de desmaios a sérios danos à coluna vertebral, expondo à vítima ao agravante de afogamentos.
10. Não entre na água caso esteja alcoolizado. A bebida alcoólica faz com que o banhista perca seu senso crítico em relação ao mergulho.
11. Procure evitar mergulhos solitários. Sempre tenha uma companhia, que possa ajudá-lo no caso de imprevistos.
12. Evite ou redobre a atenção com mergulhos noturnos, há risco de acidentes com redes de pescadores (no caso de mares e rios) e a visibilidade do ambiente fica bastante limitada.