História : A fundação da União Católica do Exército

Organizada por militares, com a precisa participação do vigário padre João, foi fundada em 1928, quando a unidade militar aqui aquartelada era o 2º Batalhão do 5º Regimento de Infantaria 

A notícia da criação foi publicada na edição de 27/5/1928 do jornal Tribuna do Norte: “Os militares do 2º Batalhão do 5º Regimento, a exemplo de outros corpos, fundaram a 24 do corrente, nesta cidade, a União Católica do Exército, como lema ’Por Deus e pela Pátria!’ sob a bandeira sagrada de Deus e Pátria!”

A organização, iniciativa dos militares: capitão Orlando e sargentos Rubens Santiago, Ludgero, Luciano, contou com a essencial participação do vigário padre João José de Azevedo. Os fundadores “não mediram sacrifícios no sentido de solenizarem com brilhantismo a fundação de tão importante organização”.

No mesmo dia foi instituido o Dia da Páscoa dos Militares, “para que os soldados recebessem no banquete sagrado a Santíssima Eucaristia”. Para a Tribuna, na comunhão daqueles 150 soldados, então unidos, com esse ato a igreja católica podia verificar o alto grau de fé do soldado brasileiro. Fé que o animava em todas as suas vicissitudes, quer nos dias angustiosos de guerra, quer em seu preparo na caserna, na paz.

Casamentos,comunhões e posse

Ainda nesse evento foram realizadas 44 primeiras comunhões e oito casamentos legitimados pela religião católica. Em seguida, o pároco padre João celebrou a missa no quartel. Após a missa, já na Casa Paroquial, coube às senhoritas “filhas de Maria” servir um café para os militares.
À tarde, pelas 14 horas, no salão nobre do Clube Literário, aconteceu a solenidade de posse da diretoria daquela Juventude Católica do Exército, assim constituída: presidente de honra – major Collares Chaves; assistente eclesiástico – padre João José de Azevedo; presidente efetivo – capitão Orlando de Assis; vice-presidente – capitão Aldemar Bento; 2º vice-presidente – sargento Rubens Bennaton; secretários – sargentos José S. Pessoto e Benedito Ludgero; tesoureiro – sargento Luciano Ribeiro; paraninfa – madame Collares Chaves. Solenidade assistida por representantes do comandante da região militar, pelo bispo de Taubaté, autoridades locais e por diversas senhoras e senhoritas.

A procissão de encerramento foi realizada às 17 horas, cabendo aos militares a condução dos andores dos santos considerados soldados: São Sebastião e Santo Expedito.

Todos os atos foram abrilhantados com as bandas do 5º Regimento de Infantaria eo Jazz Band do 2º Regimento de Infantaria”, concluiu a reportagem daquela edição da Tribuna.

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