A Mentira

No contexto da interação interpessoal, no qual são utilizados recursos comportamentais como gestos, expressões faciais, postura corporal e modulação de voz, destaca-se o fenômeno da mentira, que é caracterizada pela dissimulação de ideias, sentimentos e emoções. No presente trabalho foi realizado um levantamento teórico acerca da mentira, sendo descritos alguns de seus aspectos comportamentais e neurobiológicos e também analisadas as publicações relacionadas ao tema no Brasil. As implicações do uso de técnicas de avaliação da mentira no âmbito judicial, bem como as crenças infundadas utilizadas em julgamentos são discutidas. A revisão identificou poucos estudos sobre a temática no contexto brasileiro, o que indica a necessidade de ampliação desse campo de investigação no país.

Segundo a filosofia, Mentira é o ato através do qual um emissor altera ou dissimula deliberadamente aquilo que ele reconhece como verdadeiro, tentando fazer com que o ouvinte aceite ou acredite ser verdadeiro algo que é sabidamente falso. (www.scielo.br)

Talvez um dos maiores Fake News nem tenha sido em 1º de abril, mas em 30 de outubro de 1938.
Quando anunciado na rádio CBS que a terra estava sendo invadida por alienígenas.
Tratava-se de uma versão rádio teatro encenada pelo talentoso diretor americano Orson Welles.
A intenção de Welles era de se divertir, mas o país atravessava uma fase crítica sobre informações terríveis da Alemanha Nazista.
Os jornais New York Times e o Boston Daily Globe aproveitaram para desacreditar a nova mídia que era o rádio.
Em 1949, a peça foi repetida em Quito no Equador, dessa vez realmente provocando pânico em massa.
O exército foi acionado para combater uma guerra contra extraterrestres.
Em 1960 novamente aplicada em Buffalo, na fronteira do Estado de Nova York.
E porque funcionou várias vezes?

Notícias falsas, desse tipo liberam emoções, e hoje a internet e as redes sociais são plataformas ideias para Fake News.
Segundo Robert Socolow, físico americano diz que “devemos constantemente refletir sobre o que significa confiar em nossas fontes de informação.

Especialmente num universo de algoritmos (conjunto de regras) em que Facebook, Instagram e twitter administram nossos feeds (fluxo de informações na web) para mostrar só aquilo que acham que queremos ver.
A tradição de 1º de abril remonta à instituição do Calendário Gregoriano, que substituiu o Calendário Juliano por determinação do Concílio de Trento (conselho ecumênico da Igreja Católica). O Calendário Gregoriano divide o ano em quatro estações distribuídas ao longo de 12 meses, ou 365 dias, de acordo com o movimento da Terra em relação ao Sol e estabelece o primeiro dia do ano em 1º de janeiro.

Com a instituição do novo calendário pelo papa Gregório XIII, em 1582, historiadores contam que parte da população francesa se revoltou contra a medida e se recusou a adotar o 1º de janeiro como início do ano. Zombados pelo resto da população, os resistentes às mudanças eram convidados para festas e comemorações inexistentes no 1º de abril. Nascia assim a tradição de zombaria e de pregação de peças.

Para o psiquiatra Ilton Castro, existem diferentes níveis de mentira: há aquelas que suavizam realidades e as que são usadas para usufruir benefícios em detrimento de outras pessoas. Há também a condição psicológica conhecida como mitomania, definida pelo uso compulsivo de mentiras. (agenciabrasil.ebc.com.br)