Vanguarda Literária : A POESIA DE JURACI de FARIA
Mais uma vez, li, com alegria e reverência, “MEMORIAL DO MONASTÉRIO” escrito por JURACI FARIA, nossa estimada confreira da Academia Pindamonhangabense de Letras. Estamos perante a uma estrela, humilde como os bons e leves de espírito, que, no seu belo livro, jamais tem a veleidade dos tolos, arrogantes, de fazer dele uma sinfonia de vocábulos para o leitor, razão pela qual ela nos oferece algo mais além: um expressivo cântico de ternura, tão mavioso e romântico como a linda da sua alma sonhadora, de quem faz da poesia um maravilhoso motivo para viver.
Essa mulher culta (Doutora em Matemática e Especialista em Malba Tahan) expressão de singeleza, volta, nos seus escritos encantadores, para os deleites transparentes das emanações líricas, para a atmosfera rica de sonhos cantantes, em frases carregadas de pureza. JURACI, com sua sensibilidade incomum, é um ser religioso como já pontuou o filósofo Schopenhauer, percorre o tempo, que, na nossa existência, desvela sombras intensamente marcantes, que absorveram vestes que denominamos passado, presente e futuro, e, com o seu humano sentimento, aprecia, com sabedoria, as marcadas arestas que aparecem ao dobrar-se o tempo (Ah, esse tempo enigmático para os humanos!), marcas intensas e profundas rememorando épocas que se sucedem, dando um sentido especial ao viver de pessoas que residem no seu bem-querer. Nessas dobras, somam-se ternuras cálidas, louros de conquistas, soluços incontidos e significativos e a reverencial saudade. Cada frase, cada página é uma oferenda de amor e de sensibilidade de JURACI em eternas preces de gratidão ao Criador pela glória magnífica de viver.
Portanto, no seu livro, a louvada escritora-poeta canta o belo e encanta-nos com sua sabedoria e talento. Ela, com sua sensibilidade arguta, vai tocando, sem cessar, o tempo, apalpando os cumes da existência, com versos promissores e elegantes, que nos conduzem ao altaneiro brilho das letras. É motivo de júbilo, de satisfação interior, contemplar esses versos que nos afastam, sem dúvidas, da brutalidade e violência das tempestades que assolam o nosso mundo, que, nunca precisou tanto de poetas para sobreviver! Deo Gratias!