Acordo para exportação de carne bovina para os EUA foi selado, diz CNA
Após reunião com o presidente em exercício, Michel Temer, o vice-presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schneider, disse que na quarta-feira, em Washington, ocorreu a última conversa com as autoridades norte-americanas e o acordo para que o Brasil comece a exportar carne bovina in natura para os Estados Unidos foi selado. A assinatura do acordo sanitário deve ocorrer durante a reunião do Comitê Consultivo Agrícola Brasil-Estados Unidos na capital norte-americana. Segundo Schneider, esse acerto é uma importante sinalização porque deve levar a novos acordos comerciais. “Brasil e Estados Unidos são os dois maiores players na agropecuária no mundo e muitas vezes as nossas dificuldades são as mesmas. Nós já estamos caminhando num diálogo muito estreito para que a gente possa avançar e evoluir em nível global”, disse, destacando que os dois países estão em processo de “conversação avançada” em outros setores também.
Schneider afirmou que não conhece profundamente o acordo em relação a quais Estados – que têm classificação livre de febre aftosa – poderão exportar para os Estados Unidos, mas ressaltou que independente do número de unidades da federação capacitadas o mais importante é que o acordo finalmente saia do papel. “O mercado americano é bastante exigente e mostra que nossa carne está no padrão top mundial”, avalia.
De acordo com o executivo, a estimativa é de que as vendas de carne congelada comecem em até seis meses. “O importante é que já está liberado”, afirmou Schneider, que não soube destacar a estimativa de volume e receita que as exportações de carne congelada in natura para os Estados Unidos devem gerar ao Brasil. “Não há estimativa de volume, mas é uma sinalização importante”, explica.