Alunos de escola pública da região representam Brasil em competição internacional de robótica
Um grupo de dez alunos de escolas públicas do interior de São Paulo vai representar o Brasil na FRC (First Robotics Competition 2019), nos Estados Unidos, em março. A equipe Brazilian Storm, de São José dos Campos, participa de duas etapas regionais, em Little Rock (Arkansas) e em Huntsville (Alabama), e promete muita dedicação para mostrar o talento dos estudantes brasileiros.
A ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial patrocina os estudantes e mentores que viajam para os Estados Unidos.
O FRC é a principal competição de robótica no mundo. Com idades entre 14 e 18 anos, os integrantes dos quatro mil times de todos os cantos do planeta precisam construir e programar robôs para superar desafios e executar tarefas enfrentando outros competidores numa arena especialmente adaptada para a disputa.
A equipe Brazilian Storm é resultado da dedicação de dois professores voluntários, que tinham o objetivo de promover inclusão social a partir do ensino de robótica para quem não podia pagar. O engenheiro industrial mecânico Leonardo Rosa e o mecânico montador de sistemas na Embraer Arthur de Oliveira empregaram seus conhecimentos para ensinar programação com arduíno, conceitos de eletrônica, mecânica, programação de robô e uso de plataforma de geração de projetos em 3D.
O trabalho com os alunos que integram a equipe começou há três anos, com aulas nas férias e aos sábados, tendo como sede a eEscola “Professor Alceu Maynard Araújo”, em São José dos Campos.
Na primeira participação do Brazilian Storm no First Robotics Competition, em 2017, os estudantes brasileiros foram à final na etapa regional do Sul da Flórida, em West Palm Beach, e ganharam o prêmio de melhor equipe novata. “Independentemente de premiação em 2019, esses jovens estudantes de escola pública já são campeões. Outros projetos como esse precisam ganhar escala e se espalhar pelo país. O Brasil precisa estimular o aprendizado de robótica e programação como forma de fazermos o país avançar na criação e no desenvolvimento de tecnologias”, avalia o presidente da ABDI, Guto Ferreira.