Brasileiros fazem menos cirurgias plásticas por causa da crise
De acordo com o ISAPS – Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, o Brasil, que antes era o primeiro país a aparecer na lista das pessoas que mais faziam cirurgias plásticas, perdeu seu posto para EUA e Japão – o motivo tem sido a crise desde meados de 2014. Os brasileiros estão abrindo mão de coisas que podem esperar em razão desse grande aperto econômico no orçamento.
Neste sentido, o bem-estar e a autoestima dão lugar às necessidades primárias e primordiais, e acabaram deixando o sonho da cirurgia plástica mais distante. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica estima que o movimento dos consultórios procurando procedimentos caiu 20% no último ano. Apesar da crise afetar somente o Brasil e não o mundo, muitos brasileiros ainda desejam realizar pelo menos um procedimento ao longo da vida.
E é inevitável: o primeiro caso a se pensar é o financeiro. Apesar da crise, algumas instituições buscam ajudar pacientes neste sentido. Afinal cirurgia plástica não é mais sinônimo de banalidade, e sim, de saúde. Há empresas de assessoria administrativa , como o Centro Nacional – Cirurgia Plástica, que oferece soluções para o pagamento de procedimentos cirúrgicos, que podem ser parcelados de acordo com a possibilidade financeira dos interessados. Os médicos são devidamente credenciados pela rede e os exames previamente realizados sem grandes problemas. “Pesquisar sobre a cirurgia, suas consequências e médicos- cirurgiões é essencial, porém, muitos pacientes quando pensam no financeiro desistem antes de tentar”, enfatiza Arnaldo Korn, diretor do Centro Nacional.
Mas, superando a parte burocrática e o medo do financiamento, adultos e até mesmo aqueles que estão entrando na terceira idade – que se preocupam cada vez mais com a aparência, se importando com os primeiros traços de envelhecimento que podem surgir – optam em realizar as cirurgias. Por isso, em cirurgias de rosto, o Brasil continua sendo o campeão, com pouco mais de 500 mil procedimentos.
De acordo com a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, no ano passado foram feitos cerca de 1,7 milhão de procedimentos estéticos e alguns deles foram os campeões de procura: Mamoplastia de aumento (aumento dos seios), Lipoaspiração, Rinoplastia (cirurgia de nariz), Blefaroplastia (cirurgia de pálpebras) e Abdominoplastia (cirurgia de abdômen). Estas cirurgias refletem a incansável busca pelo que é belo e perfeito no corpo, principalmente a face.
“Apesar de realizarem os procedimentos, essas pessoas querem discrição e nada muito aparente. Querem se sentir bem consigo mesmas e buscam qualidade de vida”, analisa Korn. Os tratamentos minimamente invasivos também continuam com relativa alta de procura, como o peeling, preenchimento facial, depilação a laser, entre muitos outros.
O objetivo das cirurgias plásticas é justamente isso: livrar dos incômodos. Corrigir algo para que possamos ter mais autoestima é o motivo delas serem tão requisitadas e procuradas no mundo inteiro. E nunca a autoestima esteve tão em pauta quanto agora, onde ela virou sinônimo de qualidade de vida e bem-estar.