Cacaio e Aurora, acadêmicos que partiram em agosto
Cacaio
Agosto é o mês em que a APL-Academia Pindamonhangabense de Letras relembra a perda de dois de seus acadêmicos, cuja partida para o plano espiritual significou uma sensível perda para a entidade. Em 2013, logo no primeiro dia de agosto, ficou desfalcada de seu, na época vice-presidente, Luiz Carlos Loberto, carinhosamente por todos tratado por Cacaio.
O sempre bem humorado acadêmico animava as plenárias e reuniões ordinárias da APL encontrando sempre um motivo para descontrair o ambiente com suas inteligentes tiradas. Cacaio só não presidiu a APL porque acreditava que estando à frente da Santa Casa (foi provedor daquela casa hospitalar no período de 2005 até 2013, ano de sua morte) não poderia dedicar à academia o tempo que deveria dedicar. Mero engano, com o caráter que possuía, saberia conduzir com sucesso toda missão a ele atribuída.
Dona Aurora
Nesta quarta-feira, 9 de agosto, completam-se nove anos da partida da acadêmica Aurora Teixeira Mendes, a inesquecível Dona Aurora, Ocupante da cadeira de nº 14H – patrono Dr. Caio Gomes Figueiredo. Assim como nas Letras, outra das ciências que apreciava era a política, não a mesquinha, estreita e sem escrúpulo, mas aquela ideológica, doutrinária, estruturada na nobreza de caráter. Sua atuação na política vinha de longa data, desde sua participação em favor dos combatentes paulistas da Revolução Constitucionalista de 1932.
Aurora era, acima de tudo, uma pessoa preocupada em ajudar os menos favorecidos e se destacava por suas atuações na política local e no exercício da cidadania. Enquanto esteve no plano terreno Aurora foi figura de serena grandeza. Perante a sociedade fique a lembrança de sua conduta patriótica, sua incansável atuação em favor da democracia e justiça.
Fique ainda a gratidão à Aurora enfermeira, por aptidão e amor ao próximo. Aquela que foi anjo terreno diante dos enfermos, amparando não somente os debilitados do corpo, mas também os doentes da alma. Mesmo em crepúsculo terreno, ela continuava sendo aurora espiritual àqueles que necessitavam visualizar os novos horizontes da verdadeira vida.