Nossa Terra Nossa Gente : CANÇÃO DO CORAÇÃO
A história da nossa amizade é recente (outubro de 2010), entretanto, o sentimento que me abarca é o de que sempre estivemos juntos, como irmãos de sangue, como o mestre e seu discípulo amado, como aqueles amigos de infância que o tempo nem a distância apartam. O fio que nos une vibra sem que seja tocado por mão alguma, misteriosamente vibra. No raiar do dia, ao afinar o espírito com o Maestro da Vida, ouço a canção do coração deste amigo-irmão-poeta-escritor-professor. Ela soa em meus ouvidos como se fosse um hino de amor, uma oração.
De seus romances publicados (Quantas vezes eu morri/2003, O amor silenciado/2006, Rio e mar/2007. Sete dias no reino de Etar/2010 e Bob Kurt/2015), que leio e releio com precioso deleite, posso afirmar que cada um deles está imbuído do néctar da alma de seu autor, a poesia, divindade que constitui a sua tessitura literária e que lhe concede uma extraordinária luminosidade que o segue pela vida afora e que nem um dia vi diminuir ou se apagar.
Seus alunos de catecismo sabem, tanto quanto eu, da joia que brilha e reluz no peito deste catequista e que nos dá a certeza de que Deus escolhe a alma de alguns filhos para nelas edificar Seus palácios. E, com a humildade de sábios súditos, ele recebe a todos no portão, abre a porta de seu coração e nos convida a adentrar onde Deus está.
O mesmo eu digo de suas aulas de Redação. Às 7 horas da manhã, lá está o “adorável professor” à porta da sala de aula, com uma tocha de alegria nas mãos, acendendo a pira do conhecimento no espírito de seus alunos queridos. Mais do que a arte da escrita e o amor aos livros, o mestreilumina a vida de jovens adolescentes e, escreve, no coração deles, a sua poesia de amor.
Já me perguntei inúmeras vezes se há algum segredo escondido no coração deste menino nascido em Pindamonhangaba e criado ao pé da Serra da Mantiqueira, no Piracuama… Seus pais, José e Elizabeth, dizem que não, que ele estudou numa escola de roça e desde pequeno sempre gostou de ler, de escrever, de imaginar. Eu, ao contrário, digo que sim! Há no coração de meu amado amigo-irmão um segredo. A canção de seu coração desperta a luz divina em nós! Isto é um dom. O dom da sua vida. O seu presente de amor ao mundo. E o nosso também, Ricardo Estevão de Almeida!