Captação de água da chuva é estratégia para diminuir consumo

Há diversas maneiras de aproveitar a capacidade pluviométrica, mas especialista alerta sobre cuidados a serem tomados

Com a temporada de chuvas que vivenciamos no País, saber como utilizar a água pluvial no futuro é uma prática que ganha adeptos em grandes construções, como edifícios e indústrias, com o objetivo de equalizar os períodos de secas e economizar. O sistema de captação também pode ser adaptado em casas residenciais.
A coordenadora do curso de Engenharia Civil da Faculdade Anhanguera, professora Ana Flavia Batista de Aguiar Afonso, apresenta alternativas eficientes e sustentáveis para aproveitar a água da chuva, como é o caso da criação de reservatórios. “Se em São Paulo, a média pluviométrica anual é de 1.340 mm, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), então é possível captar até 7.700 litros por mês em uma casa de 70 m²”, explica a especialista.
A média pluviométrica é a quantidade de chuva de uma região, expressa em milímetros por metro quadrado. Cada milímetro representa um litro que chove em uma área de 1 m². As médias são observadas mensal ou anualmente e, em um ano, a coleta de uma cisterna pode ultrapassar os 92 mil litros.
“Esse recurso é utilizado em construções que acumulam grande volume de água, como prédios e indústrias”, explica a docente, que reforça a conveniência do aproveitamento pluvial para fins não potáveis. “Esse estoque pode ser direcionado para a lavagem de calçadas e automóveis ou com a descarga do vaso sanitário, lavar áreas externas, usar em gramados e jardins e, com isso, diminuir o consumo”, pontua.

Confira algumas dicas para montar um sistema de captação em casa ou sugerir para o condomínio:

1 — Faça uma checagem do telhado. Afinal de contas, essa área será a fonte principal para captar a água da chuva. Caso você note uma sujeira excessiva, providencie uma limpeza, lembrando-se das calhas;

2 — Evite a coleta nos dez primeiros minutos de chuva. É nesse momento que estão os maiores índices de sujeira e que sobrecarregam os filtros das cisternas;

3 — Escolha a cisterna ideal para a sua casa. Aquelas que podem ser instaladas sob o chão têm a vantagem de manter a água acumulada em temperaturas mais baixas, já que elas não sofrem a incidência de luz;

4 — Para escolher o reservatório adequado, confira primeiro a capacidade da caixa d’água. Assim, você escolhe o produto que mais se adeque a sua realidade e complemente o uso doméstico. Há modelos com capacidades que variam entre 2.800 e 10.000 litros. Também existem opções para todos os bolsos. As diferenças básicas são a capacidade de armazenamento, os recursos de filtragem e a distribuição;

5 — A cisterna pode ser feita de alvenaria, plástico modular e fibra de vidro. É importante assegurar que o material não transmita cheiros ou odores e que preserve a qualidade da água.

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