Editorial : Competições de cada dia

Embora todos os desafios cotidianos, entre eles uma pandemia que já dura quase 18 meses – que ainda faz vítimas e espalha insegurança – neste momento um pouco menos, mas ainda faz; as “Olimpíadas de Tóquio” têm unido pessoas do mundo inteiro na torcida por seus atletas preferidos, por seus países de origem ou de afinidade, não importa…

Até o momento, dia 3 de agosto (à tarde) o Brasil conquistou 17 medalhas – sendo esta a segunda melhor campanha olímpica da história em total de medalhas –, segundo informações do site UOL.

O brasileiro vibra e se emociona a cada vitória (ou quase vitória) de atletas que são exemplos de superação, de resiliência e de dedicação esportiva.

“Por terra, mar e ar, as conquistas dos atletas brasileiros nas Olimpíadas geraram um êxtase coletivo provisório ao País” escreveu o colunista Xico Sá, no El País, edição dessa segunda-feira (2).

Esta é uma sensação que acontece em grandes eventos como copa do mundo de futebol; olimpíadas ou até mesmo o nosso carnaval bem brasileiro. O ‘sufoco diário’ dá lugar ao êxtase e a alegria da conquista; ao grito de torcida; à vibração de boas energias.

É quase impossível uma casa que não tenha ao menos um membro assistindo aos jogos e vibrando na mesma sintonia que as delegações: guardando o grito da vitória na garganta. O grito de goooool! De cesta! Ponto! É ouro! É ouro! É do Brasil! Ou é prata, é bronze – tanto faz: é medalha olímpica e tem um peso ímpar. Suado. Verdadeiro. Coletivo!

Paralelas as “Olimpíadas de Tóquio”, outras competições seguem acontecendo Brasil afora. Sejam literalmente jogos ou a correria cotidiana para pegar um ônibus; um metrô; um Uber; uma carona; conseguir um emprego; uma promoção; um diploma; um banco aberto; um sim de alguém, em algum lugar…

Todos os dias há um recomeço ou uma competição particular. E cada um sabe qual medalha espera. Qual medalha merece. E qual medalha batalha para conquistar.