Construindo Cidadania: Calendário
Calendário é uma coisa engraçada, que exerce um grande poder em nós seres humanos. Estamos no último mês do calendário do ano de 2019. O calendário seria uma aula interessante de história, mas vou me limitar a sua criação inicial e ao da forma como o conhecemos ou quase assim.
As pesquisas indicam que o primeiro calendário surgiu na Mesopotâmia, por volta de 2700 a.C., provavelmente entre os sumérios, e foi aprimorado pelos caldeus. O calendário possuía 12 meses lunares (entenda o sistema Sol-Terra-Lua), de 29 ou 30 dias, e serviu de base para o adotado pelos judeus.
O calendário conforme conhecemos foi criado em 1582, o Papa Gregório XIII, aconselhado pelos astrónomos, decretou pela bula Inter gravíssimas que quinta-feira, 4 de outubro de 1582 seria imediatamente seguido de sexta-feira 15 de outubro para compensar a diferença acumulada ao longo de séculos entre o calendário juliano e as efemérides astronómicas.
Após este pequeno apanhado histórico, voltamos aos dias atuais, falando novamente sobre o poder que ele exerce sobre nós, todos se baseiam nele e ao chegar determinadas datas corremos para fazer algo pois elas nos remetem a comemorações, lembranças e o mundo capitalista nos faz comprar coisas em datas especificas. Isto posto, lembro-lhes que o natal está próximo e o ano de 2020 também, como se algo catastrófico fosse acontecer na virada da folha do calendário, todos correm para refazer ou fazer aquilo que deveriam ter feito nos últimos 12 meses e se preocupam com aquilo que poderiam ter se preocupado nos últimos 365 dias do ano, como por exemplo o trabalho voluntário ou a caridade para alguns e para outros a filantropia.
Que tal esquecer um pouco o calendário e ter preocupações legitimas durante o ano todo e ações eficazes também durante o ano todo?
Pode parecer que vai dar trabalho o ano todo, mas você pode ter um outro olhar, o de que se você fizer pelo ano todo, no final dele não terá que fazê-lo de forma assoberbada, não é uma vantagem?
Pense no calendário como um aliado e não um dedo apontador ou acusador durante o ano todo, mas sim só um lembrador de dias que podemos fazer coisas melhores por nós e pelo mundo.