Proseando : COROAVÍRUS
O caso é sério. O Covid-19 vem se espalhando pelo mundo e ceifando vidas, embora haja quem não dê a mínima para ele.
Para a nossa sobrevivência, precisamos repetir o ato do governador romano da província da Judeia, Pôncio Pilatos. Não para nos eximirmos de responsabilidades, mas para assumi-las. A higiene pode salvar a nossa vida e a de muita gente.
Não nos esqueçamos, também, do álcool gel, máscaras e luvas, cujos preços estão pela hora da morte. Ô, gentinha oportunista!
Procure evitar contatos. Não pule mais a cerca. Cuidado com aqueles que falam cuspindo (Até conseguir armar o guarda-chuva você já foi salivado). Distancie-se de tosses e espirros alheios. Evite aglomerações. Se puder, enfie-se num escafandro. Se puder, hiberne.
No mundo de hoje, informações são instantâneas, até mesmo nos lugares mais recônditos. Até mesmo naquela cidadezinha que não consta em nenhum mapa: Funcorabudo. Nessa cidadezinha, Dona Maledana morava com o marido, o senhor Eupedesri, a filha Natilenva e o filho Adatormas.
A filha, menina ingênua, vivia se apaixonando por qualquer moço que aparecesse. Depois de trocar “somente” beijinhos (era o que dizia), o rapaz desaparecia e ela choramingava o dia inteiro. Parodiando a “doença da moda”, o irmão, caindo na gargalhada, dizia que ela sofria de Choronavírus. Assim que o pai se inteirava, trazia a cura milagrosa: o cinto.
Naquela cidadezinha, Choronavírus e Coronavírus eram menos perigosos se comparados ao vírus que matou um punhado de mulheres num mesmo dia.
Eupedesri era um homem gasto que ainda causava suspiros na mulherada. Quando o filho descobriu que ele era perseguido por sexagenárias do bairro, casadas ou não, contou à mãe:
– O pai tá sofrendo de Coroavírus.
Maledana não valorizava os comentários do filho. “Tudo bobagera” – dizia ela. Entretanto, certo dia, quando espiou pela janela e viu a procissão atrás do marido, sem dizer palavra, se apossou do “três oitão” escondido na gaveta das cuecas e saiu para abater a “galinhada”.
Fora de si, apontou para a primeira e disparou, após dizer:
– Vagabunda!
E assim fez com as demais.
Foi presa. Naquele dia, a população de Funcorabudo soube que Coroavírus mata mais que Covid-19.
Parabéns, ao Paulo Faria, o primeiro a enviar a resposta correta da última charada do Proseando: “O nome da professora”. Ele respondeu: Alice da Luz (Ali se dá à luz).
Agora é a sua vez!
O teclado de meu notebook embaralhou alguns nomes próprios do texto. Desembaralhe-os e me envie o nome correto da cidade e das personagens. Quem primeiro enviar a resposta correta ao WhatsApp 99735-0611, ganhará um prêmio.