CORPORAÇÃO MUSICAL EUTERPE: OS PROJETOS DE HOJE E AS METAS PARA O BICENTENÁRIO

Não dá para falar da história de Pindamonhangaba sem falar da Corporação Musical Euterpe! E não dá para falar da história da Euterpe sem mencionar Athayde Marcondes, Júlia San Martin Boa ventura e a imprensa pindamonhangabense: pessoas admiráveis que registraram os 196 anos da banda de música que é uma das maiores riquezas culturais e patrimônio histórico do município!
Fundada em22 de agosto de 1.825, a Corporação Musical Euterpe sempre esteve presente nas datas mais significativas da Princesa do Norte! Foi a Euterpe quem recebeu o Imperador e a Família Real nas datas em que se hospedaram em Pindamonhangaba! Nos tempos dos Barões do Café, a Euterpe era quem executava as músicas das peças exibidas em nosso Teatro! Nas procissões e nas festas litúrgicas católicas, a Euterpe enaltecia as celebrações! Nas inaugurações de prédios públicos, nos eventos culturais, nos domingos e feriados, a Euterpe apresentava-se à população marcando cada feito e cada fato da Princesa do Norte com sua presença altiva!
Ao longo desses dois séculos, o valor cultural da banda de música de Pindamonhangaba foi reconhecido por barões e homens ilustres, maestros e músicos que se uniram para que a “musa da poesia lírica e da música” tivesse condições de elevar o alto nível de suas apresentações. Nesse quesito, a aquisição de instrumentos e uniformes e a formação musical dos componentes da banda foram imprescindíveis!
Há duas décadas, o Maestro Marcos Roberto de Souza assumiu a batuta da corporação e, desde seu ingresso, promove projetos sociais que oferece formação musical a crianças e jovens, fomentando um celeiro de talentos para a Euterpe. A ‘Banda de Aprendiz’ e a ‘Orquestra de Cordas Jovens’ abrigam, cada uma, 25 integrantes; o ‘Coral Dona Júlia San Martin Boaventura’, criado em 2018, é constituído por 20membros; e, a menina dos olhos do Maestro Marcos, o ‘Projeto Musicando na Escola’, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, oferece aulas de Iniciação Musical, flauta, percussão e canto coral aos alunos das escolas Julieta Reale (Castolira), Franco Montoro (Crispim) e João Kolenda Lemos (Araretama).
Durante o período de isolamento social imposto pela pandemia, o maestro e os educadores envolvidos nesses projetos precisaram reinventar as metodologias de ensino e os ensaios: graças à tecnologia, mantiveram os aprendizes focados no estudo de seus instrumentos e na teoria musical e, também, nas apresentações virtuais por meio da‘música em mosaico’!
Por ora, grandes sonhos povoam o coração do regente da Corporação Musical Euterpe para o bicentenário em 2025: uma sede própria, ampliação do número de integrantes da corporação e dos projetos sociais e, também, recursos financeiros para os honorários de músicos e educadores.
Tendo em vista que o mundo pós-pandemia jamais será o mesmo e que as escolas terão que buscar excelência em projetos culturais que propiciem um novo sentido à vida das crianças e dos jovens, o ensino de música pode ser um excelente aliado neste processo de reinvenção da escola! Mais uma vez, a Euterpe, por meio de seus trabalhos sociais, se faz presente como uma ‘corporação musical’ com plenas condições de apoiar gestores e professores a criarem uma escola com crianças cantando, tocando, proativas e felizes!
Que a Corporação Musical Euterpe possa expandir seus louváveis projetos nas escolas pindamonhangabensese atender a um número maior de alunos que, num futuro próximo, estarão de volta às escolas. Que no primeiro dia de aula presencial sejam eles saudados com o mosaico de músicas da corporação e que seus olhos possam brilhar repletos de sonhos de serem músicos, maestros e maestrinas da banda que há dois séculos enaltece nossa terra e nossa gente!