Editorial : É tempo de celebrar e de respeitar as comemorações alheias
Neste domingo (14) comemoramos no Brasil o “Dia das Mães”.
Mas, “o Dia das Mães é todo dia!”; “O Dia dos Pais é diariamente!”; “O Dia da Mulher não é só para mandar flores!”; “É tudo mercadológico!”. Enfim, não faltam argumentos e opiniões divergentes sobre datas comemorativas.
Independentemente das finalidades variadas, o dia busca homenagear as mães e a maternidade – seja ela biológica, por adoção, por missão, de coração ou de consideração.
Celebrada no primeiro domingo de maio em Portugal, e no segundo domingo no Brasil, Irlanda e em outros países, a data tem origem na Grécia antiga, segundo a Wikipédia, na entrada da primavera, com uma festa em honra a Rhea ou Cibele – a mãe dos deuses.
Há relatos ainda de que nos Estados Unidos, a criação da data faça referência à ativista Ann Maria Reeves Jarvis, que fundou, em 1858, os Mothers Days Works Clubs, com o objetivo de diminuir a mortalidade de crianças em famílias de trabalhadores. Dois anos após sua morte (12 de maio de 1907), sua filha Anna Jarvis criou um memorial à mãe e iniciou uma campanha para que o “Dia das Mães” fosse um feriado reconhecido. Anos mais tarde, ao perceber que o dia ficou muito comercial, lutou pela abolição deste feriado.
Com isso, vemos que a discórdia em relação à finalidade e aos objetivos das datas comemorativas não é tão recente quanto os “textões” das redes sociais. Sempre haverá oportunistas, exageros comerciais, pais de famílias ganhando o pão com as vendas; e filhos, netos, sobrinhos, alunos e amigos querendo apenas desejar um “Feliz Dia das Mães” à sua maneira. E no fundo, o que fica mesmo é o respeito, sempre.