Educação de São Paulo conquista 1º lugar em todos os níveis do Ideb
São Paulo é o primeiro Estado a ocupar o topo do ranking dos três ciclos avaliados pelo Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). O resultado histórico foi divulgado na semana passada pelo Ministério da Educação (MEC) e diz respeito às provas aplicadas em 2015. De acordo com os resultados, a rede estadual paulista aparece na 1ª posição na análise do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e 3ª série do Médio.
Nos Anos Iniciais (1º ao 5º do fundamental), São Paulo ocupa a liderança isolada da faixa, passando de 5,7 em 2013 para 6,4 em 2015. A média é superior à meta estabelecida pelo Governo Federal para o ano de 2019, que é de 6,3. Nos Anos Finais (6º ao 9º do fundamental), mais uma conquista importante: os alunos da rede estadual paulista avançaram de 4,4 para 4,7.
No Ensino Médio, ciclo que reúne a maior quantidade de alunos da rede estadual e os maiores desafios dos educadores de todo mundo, São Paulo também apresentou crescimento na média. Os estudantes saíram de 3,7 para 3,9.
“A despeito das dificuldades financeiras, políticas e econômicas dos últimos anos, a rede estadual paulista melhorou. Os professores ensinaram e os alunos aprenderam”, afirmou o secretário da Educação, José Renato Nalini.
Duas décadas
Nas últimas duas décadas, a rede estadual de São Paulo transpôs desafios importantes, como a inclusão escolar e a alfabetização.
São Paulo conta com um currículo unificado para todos os estudantes e materiais didáticos próprios para cada série desde 2008 (o currículo no Brasil está sendo discutido atualmente). Além disso, criou uma escola dedicada à formação de professores (Efap) e implantou um sistema de meritocracia que bonifica todos os funcionários das escolas que apresentam melhora na qualidade do ensino.
Programas dedicados a ciclos de ensino específicos, como o Ler e Escrever, permitiram que a rede paulista alcançasse o melhor índice de alfabetização do país: hoje 98,7% das crianças até 7 anos sabem ler e escrever. O fato é reforçado com os resultados do índice federal (Ideb), no qual os primeiros anos apareceram em primeiro lugar no ranking Brasil e ultrapassaram, em 2015, as metas estabelecidas para 2019.