“Em nome dos pais, dos filhos: o cinto de segurança, amém!”
Colaboração de Edmar de Souza – Publicitário, cartunista e
membro da APL – Academia Pindamonhangabense de Letras
Às vezes eu fico a imaginar se Deus consegue dar conta de cuidar de todas as coisas, nos vários setores que englobam a vida e ainda diante da infinidade de pedidos que os homens lhes dirigem através de preces ou apelos. Penso no tamanho do trabalho que Deus deve ter, apenas para manter o universo todo em equilíbrio; para que a nossa galáxia não seja sugada por um buraco negro ou para que o sol não exploda de vez e acabe com tudo, assim: num piscar de olhos. Ou ainda, imagino que Deus na sua grandeza, a todo instante esteja desviando os maiores meteoros que por ventura venham na direção do nosso planeta Terra, evitando o nosso fim catastrófico e definitivo. Enfim, acredito que Deus seja esta sagrada fórmula de amor incondicional e de uma força tamanha em que ele…, apenas ele…, sabe plenamente administrar diante do milagre da vida no universo e muito além.
Toda vez que ocorre um grave acidente como esse entre “os estudantes de Mogi das Cruzes e Bertioga”, observo os passageiros que se salvaram afirmando que foi Deus que os salvou, de que teria sido um milagre ou que o seu Anjo da Guarda (enviado por Deus) estaria atento, etc., etc. Entretanto, é bom lembrar de que Deus nos oferece o “livre arbítrio” para fazer as coisas de forma correta, pensando não apenas no bem para todos a nossa volta, como também em nosso próprio bem, seguindo as regras básicas para a vida. Recordo-me das tantas vezes em que mamãe me recomendava para “levar o agasalho” durante as minhas saídas noturnas rumo aos “bailinhos de antigamente”, e eu simplesmente a ignorava para depois voltar tarde da noite passando por um desnecessário frio de lascar. Até que finalmente, passei a ouvi-la e levar sempre comigo um agasalho que me aquecia no doce caminho de volta pra casa.
Descobri também com o tempo, de que as mães pedem para seus filhos levarem seus agasalhos, como se ele fosse uma espécie de escudo protetor para eles. Penso que as mães estejam sempre a projetar um tipo de armadura para proteger seus filhos das más companhias, das drogas, dos inúmeros perigos espalhados e da violência que sempre andou solta da porta de casa para as ruas.
Portanto, jovens! O que os salvou nesse último acidente (Mogi/Bertioga) e irá salvá-los em outros prováveis, será simplesmente o “CINTO DE SEGURANÇA” e você terá sempre de colocá-lo, prendendo-o junto da poltrona para que você não bata com a cabeça ou saia voando para a morte certa, enquanto seus pais ficam se perguntando: “Será que ele (ou ela) levou o agasalho, meu Deus?”
Quanto a Deus e o seu Anjo da Guarda, mesmo com o infinito trabalho que eles têm para manter o universo em equilíbrio, eles estão sim, sempre do seu ladinho, mas por via das dúvidas, não custa dar-lhes uma mãozinha extra: “COLOQUEM O CINTO DE SEGURANÇA, PÔ!”
E não se esqueça do agasalho, ouviu?