Nossa Terra Nossa Gente : ENTRE LIVROS E HISTÓRIAS, CARMEN LÍDIA ZAITUNE PAMPLIN
Quem frequenta a Biblioteca Pública Municipal “Vereador Rômulo Campos D’Arace”, carinhosamente chamada de ‘Biblioteca do Bosque’, certamente, conhece Carmen Lídia Zaitune Pamplin.
Desde que ingressou como bibliotecária no serviço público municipal, nos idos do ano 2000, Pindamonhangaba ganhou uma funcionária com uma formação de excelência (Biblioteconomia e Documentação na Faculdade de Biblioteconomia e Documentação de São Carlos, 1992) e uma visão futurista acerca do papel das bibliotecas públicas para o fomento da leitura e da cultura e a sua relação intrínseca com a sociedade, gerando conhecimento e favorecendo a cidadania.
Carmen Lídia implantou em nossas bibliotecas um modus operandi diferenciado que resultou em grande benefício para os usuários. Outrora, um balcão limitava o acesso aos livros; os funcionários é que forneciam a obra procurada aos leitores. Ao propor a retirada daquela barreira, os funcionários se conscientizaram de que o papel deles não era apenas entregar o livro e, sim, disseminar a informação para todos aqueles que quisessem absorvê-las.
Outra proposta inovadora da visionária bibliotecária foi o projeto de ‘Contação de História’ com a Profa. Mônica, que, a princípio, acontecia apenas um dia da semana com uma hora de duração, por meio de história contada e trabalhos artísticos realizados pelas crianças; entretanto, foi tão bem recebido que, na semana seguinte, passou para três dias e, em menos de um mês, acontecia todos os dias úteis, de manhã e à tarde.
Junto à equipe de funcionários, Carmen Lídia também implantou um sistema de gestão de empréstimos de livros e de outros projetos motivadores para a comunidade, como a Semana do Folclore, a Feira de Livros com trocas e vendas, a Parceria com a Escola da Família, a Visita Guiada pela Biblioteca, o Projeto de Doação de Livros, o Projeto Conhecendo o Rio Paraíba (em parceria com o Batalhão Borba Gato) e Uma Noite na Biblioteca (em que alunos da Rede Municipal de Ensino pernoitavam na biblioteca).
O mais importante desses projetos é que, em sua maioria, constava a leitura de um livro de história ou de referência e, sobretudo, eles eram extensivos a todas as bibliotecas públicas de Pindamonhangaba!
Como uma maestrina de livros e da leitura, Carmen Lídia também orquestrou rodas de conversa, saraus e lançamentos de livros de escritores da Academia Pindamonhangabense de Letras e, também, de renomados autores, como Ferreira Gullar, Ricardo Azevedo, dentre outros.
Diante de seu empenho e de sua capacidade de mobilizar os colegas e a comunidade para esses diversos projetos culturais em prol do livro e da leitura, Carmen Lídia foi designada ao cargo de Gestora de Bibliotecas e, nos períodos em que atuou nessa função, teve oportunidade de implementar projetos vitais para as bibliotecas públicas de Pindamonhangaba.
Esse amor da bibliotecnomista aos livros e à leitura tem um valioso segredo que Carmen Lídia fez questão de confessar: “Os livros entraram em minha vida desde que nasci. Meus pais, Ana Maria Zaitune Pamplin e Lucho Pamplin, me presentearam, ainda bebê, com a Enciclopédia Barsa com o certificado em meu nome no mês de setembro de 1969. Sempre fui uma grande leitora e todos na família me incentivavam para a leitura”.
Neste 12 de março, Dia do Bibliotecário, prestamos homenagem à Carmen Lídia Pamplin e a todos os servidores das Bibliotecas Públicas de Pindamonhangaba que, como educadores sociais, realizam um trabalho primordial à história e à cultura de nossa terra e de nossa gente!
Que a magnífica trajetória profissional de Carmen Lídia Zaitune Pamplin possa inspirar outros a persistirem no sonho de cursar Biblioteconomia e a escreverem outros capítulos admiráveis no grande Livro da Vida desses imprescindíveis e quase anônimos educadores sociais!