Eventos marcam “Semana da Consciência Negra”
Para comemorar o “Dia da Consciência Negra”, celebrado no Brasil na última segunda-feira (20), o Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Pindamonhangaba está promovendo eventos da “Semana da Consciência Negra”.
As atividades começaram na segunda-feira, com uma sessão solene da Câmara Municipal. Na terça-feira (21) o Palacete 10 de julho recebeu a apresentação “Um pouco de história e dança”.
No mesmo local, nesta quarta-feira (22), será realizado o “Desfile Miss Beleza Negra”, a partir das 19h30.
Na sexta-feira (24), será ministrada a palestra “A saúde da população negra”, no auditório da prefeitura.
Para encerrar a programação, no sábado (25), serão realizadas diversas atividades na praça Monsenhor Marcondes, das 8 às 12 horas, com música, teatro, dança, capoeira, aferição de pressão e etc.
Zumbi dos Palmares
Nascido em 1655, no Quilombo dos Palmares-AL, Zumbi foi aprisionado pela expedição de Brás da Rocha Cardoso e entregue aos cuidados do Padre Antônio Melo, em Porto Calvo, quando tinha cerca de seis anos. Batizado “Francisco”, Zumbi recebeu educação euro-cristã, aprendeu português, latim, além do catecismo para ser batizado na fé católica. Aos 15 anos não conseguiu mais manter-se afastado dos seus, fugiu e voltou a Palmares. Poucos anos depois, ganhou notoriedade ao defender o quilombo do ataque das tropas portuguesas. Em dissonância com as ideias do então líder do quilombo Ganga Zumba, seu tio, Zumbi, com 25 anos, assume a liderança de Palmares. Sua postura diante do governo colonial é de desafio e enfrentamento. Portugueses, holandeses, todos investiam contra o gigante Quilombo dos Palmares. Sem sucesso, o governo colonial contratou os serviços dos bandeirantes Domingos Jorge Velho e Bernardo Vieira de Melo e em 1694, eles lideram o ataque que destruiria a ‘Cerca do Macaco’, capital de Palmares, e ferem seu líder, Zumbi, o qual consegue fugir.
Em 20 de novembro de 1695 Zumbi é delatado por um de seus capitães e morto. Sua cabeça foi cortada e levada ao governador Melo e Castro e em seguida, foi exposta em praça pública de modo a acabar com o mito da imortalidade de Zumbi dos Palmares.
A luta e força de Zumbi para manter a cultura, a dignidade e a identidade do seu povo marca o dia da sua morte como o “Dia da Consciência Negra”. A data foi estabelecida pelo projeto Lei n.º 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. No entanto, somente em 2011 a lei foi sancionada (Lei 12.519/2011).