Feijão, manteiga e leite elevam o custo da cesta básica

Em junho, o custo do conjunto de alimentos básicos aumentou em 26 das 27 capitais do Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
No mês, três alimentos tiveram aumento em todas as capitais: feijão, leite e manteiga.
O óleo de soja e o tomate tiveram o valor reduzido na maior parte das cidades. O feijão seguiu em alta, com variações positivas em todas as capitais.
O clima influenciou na qualidade do grão e, com isso, o preço no varejo subiu desde o início do ano. A cultura do feijão também perdeu espaço para a soja e houve diminuição da área plantada. Em junho, os aumentos foram maiores e o Brasil passou a importar feijão na tentativa de suprir a demanda. No entanto, quase nenhum outro país produz feijão carioquinha. Por fim, a safra irrigada, que começa em julho, pode começar a normalizar a oferta.
O valor do leite aumentou em todas as cidades, devido ao período de entressafra e aos altos custos de produção.
O preço da manteiga também subiu em todas as capitais. As indústrias de laticínios disputaram o pouco leite ofertado no mercado, o que elevou ainda mais o preço dos derivados lácteos.
O valor do arroz aumentou em 23 cidades. A baixa oferta foi ocasionada pela redução da produção, retenção dos estoques por parte dos orizicultores, com o objetivo de elevar o preço, e pela demanda firme das indústrias produtoras de arroz, o que resultou na alta do preço do quilo no varejo.
O café em pó teve o preço elevado em 23 capitais. Clima desfavorável, diminuição da produtividade e negociações lentas no mercado de café elevaram o preço do pó no varejo.
O preço do óleo de soja diminuiu em 23 cidades. A valorização do real diante do dólar e as chuvas que beneficiaram a colheita de soja reduziram o valor do grão no mercado interno.
O tomate teve o valor reduzido em 23 cidades.
Demanda retraída, grande quantidade ofertada e frutos manchados pelo clima reduziram o preço do tomate.

Imagens: Divulgação
  • Em julho, Brasil passou a importar feijão na tentativa de suprir a demanda