Feste – Críticos, júri e público aprovam Festival
Simone Carleto, crítica da categoria Adulto
“O 39º Feste apresentou uma programação bastante variada, que possibilitou ao público de Pindamonhangaba apreensão da produção teatral contemporânea. Recebendo grupos e espetáculos de diversas localidades do Brasil, o festival cumpre função de democratização do acesso à produção artística e apropriação cultural por meio de ações formativas, como os diálogos organizados após os espetáculos e a produção de registros críticos relativos às peças exibidas. Desse modo, a cidade insere-se na tendência atual ao valorizar o intercâmbio cultural e a socialização de experiências, ação fundamental para o desenho de políticas públicas para a área de cultura. Nesse sentido, vale destacar o empenho de toda a equipe para o cuidado com cada detalhe do evento, contando com o acompanhamento do diretor de Cultura Alcemir Palma. Postura rara nas gestões públicas, Alcemir esteve em toda a programação do teatro adulto, participando também de todos os debates. São características que demonstram a força do Festival, que deverá ter momentos significativos também em sua 40ª Edição, em 2018.”
Rodrigo Morais Leite, crítico da categoria Rua
“Mesmo não podendo assistir a todos os espetáculos do 39º FESTE, Festival Nacional de Teatro de Pindamonhangaba, tenho convicção de que o evento deste ano foi um enorme sucesso. Nele atuando como crítico, responsável pelos espetáculos de rua, poucas vezes vi um público tão entusiasmado como aquele com o qual eu me deparei nesses dias em que estive na cidade.
Além da quantidade de gente presente, o fator mais óbvio para se comprovar uma afirmação como essa, extremamente receptiva para com os artistas e os organizadores da mostra, percebia-se semelhante entusiasmo também nos bate-papos realizados após as apresentações, carregados de testemunhos emocionantes de espectadores e espectadoras locais. Não bastasse isso, pelo que pude ver e pelo que ouvi de interlocutores próximos, a qualidade dos espetáculos foi muito satisfatória, dentro das mais diversas correntes e estilos teatrais. Do meu ponto de vista, posso afirmar que, dos quatro espetáculos a que assisti, todos estão acima da média, o que demonstra, não custa ressaltar, o apuro da seleção feita para este Feste. Penso que a presente edição só reafirma a importância e o prestígio adquirido pelo festival ao longo dos anos, em termos municipais, regionais e nacionais, visto que artistas do Brasil inteiro já tiveram o prazer e a honra de se apresentarem nele. Sendo assim, aguarda-se com grande expectativa o Feste de 2018, quando o evento, um dos mais antigos do Brasil, completará 40 anos. Que essa data não passe em branco. No mais, vida longa ao Feste!”
Ana Roxo, crítica da categoria Infantil
“Festivais de Teatro são fundamentais em cidades que ficam fora do eixo das grandes capitais. Se nessas grandes metrópoles qualquer festival passa como mais um evento, em cidades menores eles são as alavancas do teatro. Com um festival com mais de 40 anos, já temos algumas gerações de artistas formados e convidados à arte por ele. Participar desse encontro, podendo ficar mais de um dia, ver as peças, ver as crianças, as professoras, as mães e os pais (muitos retornando a uma plateia de teatro infantil só agora, como pais) e ainda exercer um papel de reflexão crítica é uma honra e um prazer que eu espero ter capacidade e oportunidade de repetir muitas vezes. Vida longa (mais longa, secular) ao Feste!”