Fundo Social de Pinda incentiva confecção e uso de máscaras caseiras
Com o posicionamento do Ministério da Saúde a respeito do uso de máscaras faciais, o Fundo Social de Solidariedade de Pindamonhangaba está incentivando a produção e utilização de máscaras como forma de diminuir o contágio do covid-19.
Desde o início da pandemia provocada pelo coronavírus, uma corrida mundial em busca de máscaras de proteção fez com que elas sumissem das prateleiras. O Ministério da Saúde vem buscando adquirir esse EPI para garantir a proteção dos profissionais de saúde. Porém para a população em geral, a máscara caseira feita com pano é uma opção barata e que causa um efeito muito positivo.
Segundo Claudia Vieira Domingues, presidente do Fundo Social de Pinda, a ideia é ganhar os tecidos e TNT e através do voluntariado confeccionar milhares de máscaras. “Estamos viabilizando tecidos e com o voluntariado de algumas costureiras que já fizemos um contato vamos iniciar a produção dessas máscaras. Nossa ideia é disponibilizar para a população mais carente, incentivando e conscientizando para o seu uso correto”.
Para ser eficiente como uma barreira física, a máscara caseira precisa seguir algumas especificações, que são simples. É preciso que a máscara tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face. E mais uma informação importante: ela é individual. Não pode ser dividida com ninguém. As máscaras caseiras podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, desde que desenhadas e higienizadas corretamente. O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.
“Você pode fazer uma máscara ‘barreira’ usando um tecido grosso, com duas faces. Não precisa de especificações técnicas. Ela faz uma barreira tão boa quanto as outras máscaras. A diferença é que ela tem que ser lavada pelo próprio indivíduo para que se possa manter o autocuidado. Se ficar úmida, tem que ser trocada. Pode lavar com sabão ou água sanitária, deixando de molho por cerca de 20 minutos. E nunca compartilhar, porque o uso é individual”, explicou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Embora seu efeito não esteja cientificamente comprovado, a tese de que as máscaras caseiras colaboram de certa forma é inquestionável. Recentemente autoridades da República Checa e Cingapura destacaram que além do isolamento social, a utilização em massa da máscara facial desacelerou significativamente a propagação do vírus.
A ideia é de que quanto mais pessoas utilizam esse material as chances de micro gotículas potencialmente infectadas serem transmitidas são bem menores, tornando-se um grande aliado no combate ao vírus e na proteção das pessoas.
Em Pindamonhangaba, as redes sociais já comprovam que a população comprou a ideia e diversos anúncios são postados em grupos com ofertas de produção e venda de máscara.
“Usar máscara de pano é melhor que não usar nenhuma. A produção caseira vem crescendo e a recomendação é de que utilize tecido mais fechado, não sendo recomendado por exemplo a seda. Após a utilização ela pode ser reaproveitada podendo ser higienizada com água e sabão e depois secá-la naturalmente no sol, sempre segurando pela alça”, afirmou a otorrinolaringologista Dra. Marcia Murão.