História : Lembrando o 1º centenário da Banda Euterpe
Quando em 22 de agosto de 1925 a Corporação Musical Euterpe completou 100 anos de existência, a programação festiva (Fonte: Folha do Norte, 30/8/1925) teve início com o toque da alvorada pela própria banda, sob a regência do maestro João Antonio Romão, às 4 horas da madrugada. Em seguida, a tradicional salva de 21 tiros.
Às 9 horas, na igreja do Rosário (templo católico que deixou de existir por volta de 1927, ficava na esquina da rua Marquês do Herval com a praça Dr. Francisco Romeiro, popular largo do Cruzeiro) houve missa, tendo como celebrante o pároco João José de Azevedo, padre João. A celebração foi abrilhantada pela Euterpe e coral paroquial, do qual faziam parte as senhoritas pindamonhangabenses. Depois da missa, segundo registrou a FN na edição já mencionada, “pelo padre Passos foi ‘tirado’ um filme da banda Euterpe e das pessoas presentes”.
Retreta na praça
Às 5 horas da tarde houve retreta no jardim da Cascata (praça Monsenhor Marcondes) com a banda aniversariante apresentando o seguinte repertório: Hino Pindamonhangabense – João Gomes de Araújo; Centenário da Banda Euterpe – ouverture – Lino Costa; Esperança Suave – mazurka – N.N.; Conservatori e Progres-sisti – sinfonia – G. del Colle; Cadeiras Postiças – tango – David Abreu; Colóquio de amor – dueto – D.E. Perotini: O Guarani – protofonia – Carlos Gomes; Chiquitinha – valsa – F. Gurgolino Souza; Ge-rimeu – polka variada – Marchetti; La Verbena de la Paloma – zarzuella – F. Breton; Ayda – hino, marcha e dança – Verdi; Il Populi – dobrado sinfônico – Marchetti.
Naquele sábado, 22 de agosto de 1925, já faz 93 anos, a retreta levou grande número de pessoas à praça. O concerto, iniciado à tardezinha, prosseguiu noite adentro, sendo muito aplaudido.
Parabéns à secular Banda Euterpe, que atualmente tem como presidente e maestro o músico Marcos Souza Neto, e a todos que a compõem e trabalham por esta corporação musical histórica que já se aproxima de seu bicentenário de existência.