Minha coluna ainda dói…

Na última matéria, abordamos a teoria do porque temos dores na nossa coluna vertebral, partindo da teoria do bipedismo e da ancestralidade com os primatas.

Hoje, conforme prometido, falarei sobre os diversos problemas que podemos desenvolver em nossa coluna vertebral, desde problemas aparentemente mais simples aos mais incômodos onde pode ser necessária a cirurgia.

Quem nunca ouviu dizer que alguém da família, ou o vizinho tem Bico de Papagaio. Bico de papagaio nada mais é do que o desgaste da articulação, onde o corpo manda células ósseas no local de maior pressão e formam aqueles “bicos”, chamados clinicamente de osteófitos. Elas são as artroses lombares e uncoartroses cervicais, que são processos degenerativos onde há um desgaste da articulação entre as vértebras, nada mais é que a ordem natural da vida, é de caráter progresso e atinge normalmente pessoas de mais idade, ou trabalhadores que carregam peso. Um problema que 99% da população provavelmente terá.

Uma outra condição são as temidas hérnias discais, que ocorrem quando o disco que fica entre as vértebras se rompe e o liquido interno (semelhante a um gel) sai do centro e vai para a extremidade, podendo tocar as raízes dos nervos.

É uma condição onde a pessoa pode até “travar” precisando de um cuidado mais preciso, para sair da crise e retomar sua vida novamente. A grande maioria dos casos não necessita de cirurgia, mas não pode ser descartada a hipótese.

Outro problema comumente encontrado chama-se Espondilolistese que é o escorregamento de uma vértebra, normalmente para frente. Ela pode ser causada devido uma espondilólise, que é uma condição de fratura da vértebra, por “defeito” dela, muitas vezes sem sintoma inicial.

Por último falarei da Escoliose Idiopática, que já citei em outra matéria, e é o desvio lateral da coluna em “S” ou em “C”. Idiopática pois não se sabe ao certo o que a causa, mas que se for identificada na infância tem ótima chance de correção. Quando identificada após os 18 anos, conseguimos apenas a diminuição da angulação da curvatura.

Enfim, todos os problemas citados acima são tratados com uma Fisioterapia bem-feita, Osteopatia, Quiropraxia,

Acupuntura (ameniza a dor) e Exercícios físicos leves na fase aguda. O importante é, se possível, um cuidado multiprofissional, onde o médico ortopedista ou neurologista, associado ao fisioterapeuta e ao educador físico alinham a melhor intervenção no paciente. Muitas vezes é legal ter auxílio de um psicólogo, pois a dor física pode influenciar em problemas emocionais e vice-versa.

Novamente venho propor, como medida preventiva, incluir exercícios físicos em seu cotidiano. Que seja 3 ou 4 vezes por semana, o importante é manter uma constância para que o dano em seu corpo seja o menor possível. O medicamento muitas vezes tira seus sintomas, mas nestes casos, não cura seu problema.