Movimento “Diferente é o mundo que queremos” leva dezenas de pessoas à praça Monsenhor Marcondes
“Você não e igual a mim / Eu não sou igual a você / Mas nada disso importa /
Pois a gente se gosta / E é sempre assim que deve ser!”.
Como na canção de Jair Oliveira, é assim que deve ser: com respeito às diferenças! E que este respeito comece em casa e se estenda por toda uma sociedade. Foi com este objetivo que a praça Monsenhor Marcondes, em Pindamonhangaba, foi tomada por dezenas de pessoas que se aderiram ao movimento “Diferente é o mundo que queremos!”
A iniciativa mobilizou as pessoas que passaram pelo local na manhã do último sábado, 1º de abril. De acordo com a organizadora do evento, a psicopedagoga, Bruna Monteiro, a caminhada contou com a participação de 56 profissionais das áreas de Saúde e de Educação, além de familiares e amigos.
O primeiro passo foi dado, mas ela acredita que este foi somente o início de uma longa caminhada. “Não paramos ali. Outros virão, com certeza! Precisamos refletir o modo pelo qual a sociedade pensa a deficiência, seja ela qual for”, afirma Bruna. “Nessa perspectiva, acredito na importância de modelos integrativos, pois precisamos estar juntos à família, ao trabalho terapêutico e à escola, e pensar em mudanças estruturais e políticas, e instrumentalizar a participação de todos no entendimento das deficiências e de suas particularidades.”
Para Bruna, não existe receita pronta. “O que queremos com o projeto é unir forças: saúde, educação e família na tentativa de buscar parcerias políticas públicas e privadas e iniciativas coletivas. Assim, aprenderemos com a diversidade, superando nossos desafios de cada dia formar e instrumentalizar protagonistas do nosso amanhã”, ressalta a psicopedagoga. “Acredito que um dia não falaremos de inclusão, pois todos perceberão a importância e a diferença entre integrar e incluir. Sem o esforço de todos os profissionais envolvidos, instituições, empresas, familiares não conseguiríamos celebrar um dia lindo como foi este. Aproveito para agradecer a todos que se envolveram, às escolas, em especial às equipes do Siciliano, da Anhanguera e da Unopar, além dos Conselhos, da Apae, das instrutoras de zumba, Karina e Luciana Gil e à Família Down de Taubaté”.
“Uma iniciativa muito válida, pois levamos ao conhecimento da população questões importantes sobre a integração de pessoas com necessidades especiais. Entendo que, quanto maior a divulgação e a participação dos familiares, melhor será a contribuição para a redução do preconceito, ajudando na inserção e também na acessibilidade das pessoas com necessidades especiais dentro da sociedade”, comenta Thiago Vieira, pai da Julinha (foto ao lado).
Tão legal, óh, minha gente / Perceber que é mais feliz
quem compreende /
Que amizade não vê /
Nem continente /
E o normal está nas
coisas diferentes. /
Amigo tem de toda cor,
de toda raça /
Toda crença, toda graça /
Amigo é de qualquer lugar /
Tem gente alta, baixa,
gorda, magra.
(Jair Oliveira)