Nossa Terra Nossa Gente : MULHERES DAS LETRAS

No Dia Internacional da Mulher e no ano em que a Academia Pindamonhangabense de Letras celebra seu sexagésimo aniversário, 2022, “Nossa Terra, Nossa Gente” faz um tributo às acadêmicas que escreveram e as que escrevem a história da nossa Academia.

Exalto o magistral empenho da escritora, poeta e advogada Hilda César Marcondes da Silva (1910 – 1992), 1ª Presidente da APL, que, por quase três décadas (1964 – 1992)à frente da instituição, articulou inúmeros trabalhos na esferacultural, estreitou laços da APL com a União Brasileira de Escritores, o Instituto de Estudos Valeparaibanos e outras entidades literárias do país, conferenciando e divulgando a Academia e seus livros: “As Três Irmãs de Judas” (1962), “Cruzeiro dos Cataguases” (1964), “O Solar dos Passos Perdidos” (1974), “Capitão Via Sacra” (1978) e“A Última Trincheira” (1982).

Na 2ª Diretoria da APL (1992 – 1993), destaco a participação da única mulher a integrar o seu quadro, no cargo de Vice-Presidente: a escritora, poeta, trovadora e professora Eloyna Salgado Ribeiro (1917 – 1999), autora consagradapelos artigos e contos publicados em antologias, jornais e revistas e, de modo especial, por seus livros:“O Último Caboclo” (1983), “A Vida nos Balcões da Pequena Pindamonhangaba” (1997), “Fundo de Gaveta” (1998), “Historinhas da Vovó” (2003) e “Apenas Lembranças” (2017).

Ao longo dessas seis décadas, outras mulheres integraram os quadros de membros titulares, honorários e correspondentes da APL. São elas poetas, escritoras, jornalistas, professoras, trovadoras, musicistas e artistas. Essas MULHERES DAS LETRAS imprimiram seus nomes nos anais da nossa Academia e na história de Pindamonhangaba! Dentre elas, destaco Elisabete Nogueira da Silva Guimarães, que ocupou a Presidência da APL por quatro gestões, e Ana Maria Guimarães Iadeluca, que, desde 2021, assumiu o cargo.

Em homenagem às 41 mulheres da instituição, trazemos a lume as acadêmicas:

In memoriam

Adélia Victória Ferreira, Ana Maria Zaitune Pamplim, Ângela Maria da Cruz Galvão, Aurora Pierre Artese, Aurora Teixeira Mendes, Bertha Celeste Homem de Mello, Carmen Galvão, Cinira Novaes Braga – Irmã Cecília, Eloyna Salgado Ribeiro, Elvira de Moura Bastos, Hilda César Marcondes da Silva, Hilda da Silva, Julieta Reale Vieira, Maria Aparecida Arantes Vasques, Maria Campos da Silva Velho, Maria Carmelita R. Ramos Mello, Maria Carmelita Salgado, Maria de Lourdes Andrade Pires, Maria Luiza Bartholomeu Silva de Oliveira,Maria Norma Salgado Marcondes e Thalma Tavares.

Na ativa

Ana Maria Corrêa Guimarães Iadeluca, Anamaria Jório Rodrigues Marcondes,Angélica Maria Cortez Cavalheiro, Audinete Alves de Barros, Elaine Cristina dos Santos, Elisabete Nogueira da Silva Guimarães, Érika de Araújo Caldas, Evalda de Andrade Silva e Costa, Gislene Alves, Jaqueline Bigaton Porto, Judith Ribeiro de Carvalho, JuraciFaria,Júlia San Martin Boaventura, Maria de Fátima Marotti Oliveira, Maria Stella Splendore, Nilda Luz, Rosa Lairce Marcondes de Souza, Rosana Dalle Leme Celidônio, Rute Eliana dos Santos e Suzana Lopes Salgado Ribeiro.

Delas, exalto as trovas, as poesias, as crônicas, os romances, os artigos científicos, as partituras, as obras de arte e as horas roubadas dos afazeres domésticos para a escrita de seus livros e de seus sonhos… Ao lado dessas MULHERES DAS LETRAS, abraço as mulheres de nossa terra, suas histórias, suas lutas e o seu “mió quinhão”!

Se home é muito mió nem não tem comparação.
De fato, Deus deu prá nóis no mundo, o mió quinhão.

(Recramação de Muié, in O último Caboclo, Eloyna Salgado Ribeiro)

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