NO BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA, A PRINCESA DO NORTE

No domingo 21 de agosto, nossa terra e nossa gente foram agraciadas com uma encenação teatral de inigualável valor, celebrando ‘poeticamente’ três momentos da história de Pindamonhangaba relacionados à Independência do Brasil: 1822, 1922 e 2022.

De autoria do consagrado dramaturgoAlberto Santiago, a encenação“Independência ou Morte: D. Pedro I em Pinda” foi apresentada em dois atos:

1º ATO: Chafariz do Cônego Tobias, local em que D. Pedro I e sua comitiva foram saudados pelo CoronelMarcondese pelo Coronel Gama Lobo, a fim de conduzir o Príncipe Regenteao sobrado em quepernoitaria de 21 para 22 de agosto, pertencente ao Monsenhor Marcondes. À tardinhado dia seguinte, partiria em viagem acompanhado dos pindamonhangabenses da Guarda de Honra queintegraram a caravana de D. Pedro I até o Grito do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822.

2º ATO: Praça Monsenhor Marcondes, local em que D. Pedro I foi recebido pelo Monsenhor Marcondes, ouviu uma belíssima apresentação de canto lírico e, com a devida licença poética, deu um salto no tempo e adentrou o ano de 1922, o Centenário da Independência. Para celebrar a data magna, o historiador-mor de Pindamonhangaba, Athayde Marcondes, anunciariao Artigo 1º da Lei nº 36, em que o Poder Executivo fora autorizado a erigirna Praça Monsenhor Marcondeso obelisco –monumento que perpetuaria a cooperação que tiveram os filhos de Pindamonhangaba da Guarda de Honra no grande feito da Independência.

Aindacom a devida licença poética, há outro salto temporal para 2022: Athayde Marcondes chama seu neto, José Luiz Gândara Martins, para relatar aos expectadoresa história do “Manuscrito do Obelisco” e todas as festividades do Centenário da Independência na Princesa do Norte de 1922!

O neto de Athayde Marcondes comunicou, sob calorosa salva de palmas,que o documento histórico(reencontrado em 2014 e, desde então, enriquecido com notas, comentários e imagens de sua autoria) está sendo impresso e será distribuído em escolas, bibliotecas e estabelecimentos públicos de Pindamonhangaba, para que jovens e adultos do nosso tempo e de eras futuras possam tê-lo como fonte histórica.

O espetáculo foi um verdadeiro show! Em seu elenco, tivemos a atuação de alguns membros da Academia Pindamonhangabense de Letras:Alberto Santiago -Narrador,Pedro Ivo Salles – Dom Pedro, William Castilho- Coronel Marcondes, Kleber Santiago – Monsenhor Marcondes, José Luiz GândaraMartins – Neto de Athayde, RhosanaDalle e Nilda Luz – Damas da Corte. Outros atores abrilhantaram a encenação: Rafael Gomes – Athayde Marcondes, Matheus Coelho – Chalaça, Jeferson Carlos de Oliveira – Padre, Pedro Santiago – Mensageiro, Juliana Vasques – Dama da Corte, Erik Luiz Mourão e Cristiano de Assis- Ordenanças,GiseleMelo – Cantora, Daniel Guimarães, Valdir Carvalho e David Queiroz – Músicos.

Ao término do belíssimo espetáculo, os mensageiros distribuíram ao público um exemplar da 2ª edição da “Tribuninha” (encarte do Jornal Tribuna do Norte, 19 de agosto de 2022), cuja temática contemplou o Bicentenário da Independência na Princesa do Norte.

A finalização coube a Alcemir Palma, secretário de Cultura e Turismo de Pindamonhangaba que, em nome da Prefeitura Municipal de Pindamonhangaba, proferiupalavras de agradecimento à ação da Comissão Oficial do Bicentenário,solicitando uma salva de palmas a Ana Maria Guimarães – Presidente da APL e do Conselho do Patrimônio Histórico -, e quem muito se empenhou para que essa celebração do Bicentenário da Independênciaem Pindamonhangaba pudesse ter o êxito que revelou, tendo tido o apoio incondicional da Guarda Municipal e da Cavalaria da Polícia Militar.

Ana Maria Guimarãesagradeceu a relevante contribuição do acadêmico Alberto Santiago que, além de dramaturgo, foi quem dirigiu e narrou a peça, aos músicos, atores, Portal R3, jornal Tribuna do Norte e, de modo especial, Rebeca Guaragna – Diretora Adjunta da Secretaria de Cultura e Turismo, Secretaria Municipal de Educação -,Jeferson Carlos de Oliveira da Equoterapiae público presente.

Quem teve a oportunidade de prestigiar a encenação “Independência ou Morte: D. Pedro I em Pinda” adentrou um portal histórico e foi transportado para a Pindamonhangaba de 1882 e de 1922… Estava tão esplêndido o enredo que foi difícil descer dessa nave imaginária e aportar, novamente, na Praça Monsenhor Marcondes de 2022. Essa magia do teatro ninguém explica! Só a arte!