História : O austríaco que retratou a Pindamonhangaba do século XIX
Thomas Ender (Viena, 3.11.1793 — Viena, 28.09.1875), foi um pintor austríaco que deve ser incluído entre os chamados pintores viajantes, ou seja, aqueles que vieram ao Brasil a partir da época do príncipe regente D. João VI até os últimos anos do século XIX. Apesar de dominar várias modalidades de pintura, destacou-se como aquarelista. Ele veio ao país na comitiva que acompanhou a futura Imperatriz do Brasil, a arquiduquesa austríaca Leopoldina (1797-1826), casada com o futuro príncipe regente D. Pedro (1798-1834), a chamada Missão Austríaca ou Missão Científica juntamente com Johann Baptiste von Spix e Carl Friedrich Philipp von Martius ao Brasil. Ender tinha 23 anos quando chegou ao Rio de Janeiro em 14 de julho de 1817. Ficou menos de um ano no país, mas produziu mais de 700 obras, como desenhos, esboços, aquarelas e gravuras do que viu no Rio de Janeiro, na viagem pelo Vale do Paraíba e em São Paulo, dentre elas duas aquarelas com vistas de Pindamonhangaba. Thomas Ender retornou a Viena em 1º de junho de 1818, levando com ele as obras que aqui produziu. Suas famosas aquarelas pertencem ao acervo da Academia de Belas Artes de Viena, da qual se tornou membro e professor, e só ficaram conhecidas no Brasil nos anos 1950.