O Brasil muda de classe

O Brasil ficou mais pobre em dez anos. Entre 2012 e 2022, a fatia de domicílios brasileiros que integra as classes D e E aumentou de 48,7% para 51%, mostra um levantamento realizado pela consultoria Tendências.

Em números absolutos, são 37,7 milhões de domicílios compondo a base social neste ano.

O empobrecimento da classe média durante a pandemia da Covid19 no Brasil” diz respeito aos milhões de brasileiros que perderam renda devido ao desemprego e tiveram que se adaptar para conseguir sobreviver. Em todo o mundo, a pandemia da Covid19 impactou a vida das pessoas em muitos aspectos, e no Brasil não foi diferente.

O Brasil ficou mais pobre. Os números confirmam o que salta aos olhos nas ruas dos grandes centros urbanos brasileiros com o aumento expressivo de pessoas vivendo sem teto e sem assistência social de qualquer espécie abandonados pelo Estado e pela sociedade.

Por trás desse enorme contingente de miseráveis em situação de extrema pobreza estão problemas de saúde, educação, saneamento e moradia.

O orçamento da União aprovado para este ano reduz os recursos destinados exatamente a essas quatro áreas.
Sempre que você compra qualquer coisa por meio do crediário de uma loja ou por meio de financiamentos, você está pagando duas vezes. Isso faz você empobrecer se comparado a quem poupa, recebe juros e paga à vista negociando descontos. As pessoas não percebem que passam a vida toda trabalhando para pagar juros e taxas, transferindo sua riqueza para os outros — os capitalistas.

Quando o brasileiro faz a si essa pergunta, imediatamente cria uma crise de identidade.
No século XVIII com a ajuda da industrialização, o capitalismo teve um grande crescimento.
O homem de negócio era louvado, o sucesso total, usado como modelo para todos os outros da sociedade.
A riqueza mostrada como triunfo dos seus esforços.

Antigamente diziam que a pobreza se dava pelo fracasso e ausência de graça, pobre porque Deus quis assim.
Nos dias atuais, a desigualdade é fruto das relações sociais, políticas e culturais, não apenas econômicas.
E as classes sociais mostram as desigualdades da sociedade capitalista.

Os privilégios e desvantagens entre os indivíduos são estabelecidos a partir de cada tipo de organização social.
Desigualdades são coisas absolutamente normais.

Portanto as divisões em classes se dão na forma de como o indivíduo está situado economicamente e sócio -politicamente em sua sociedade ou meio.

As desigualdades sociais não são acidentais, mas produzidas por um conjunto de relações que englobam esferas da vida social.
O setor informal é outro fator indicador das condições capitalistas no Brasil.

Os camelôs, ambulantes e marreteiros, são trabalhadores que muitas vezes não estão juridicamente regulamentados, mas revelam as características da economia brasileira e o seu desenvolvimento industrial. A ABEP Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa é utilizada pela maioria dos institutos de pesquisas.

Pesquisas de mercado servem para gerar informações que vão embasar ações e indicadores de monitoramento de um produto ou negócio. O custo desse levantamento, porém, pode inibir os empresários a optar por escolhas alternativas mais em conta.
Segundo a ABEP o critério para a classificação econômica no Brasil utiliza características domiciliares, confortos no lar.

Os brasileiros mais pobres (classes D e E) continuarão a ser mais da metade da população até 2024 e a retomada da economia tende a favorecer inicialmente as classes sociais mais altas (A), aponta estudo da Tendências Consultoria.

A projeção aponta que 50,7% dos domicílios do país terminarão o ano nas classes D e E (cuja renda mensal domiciliar é de até R$ 2,9 mil), uma leve melhora em relação aos 51,3% de 2021, e apenas 2,8% serão da classe A (acima de R$ 22 mil).

  • Adelson Cavalcante Jornalista Mtb. 56.011/sp Presidente da Ajop