Editorial : O que 2023 pode esperar de nós?

Do ponto de vista pessoal e empresarial, ao planejar o ano seguinte costumamos fazer análise de cenários, coletamos centenas de dados, buscamos o máximo de informações em ambos os campos das nossas vidas e perguntamos: o que esperar de 2023?

Eu sugiro inverter a pergunta: o que o ano de 2023 pode esperar de nós, como indivíduos e como empresas? Inverter a pergunta traz mais clareza sobre nossas responsabilidades e nosso papel na construção de um mundo melhor, mais justo e mais feliz. Vivemos em um mundo interdependente e isto ficou evidente nos últimos tempos. Nossas ações têm reflexos em nosso entorno, pessoalmente ou não.

O que o ano de 2023 pode esperar de nós como cidadãos, como consumidores, como profissionais e como lideranças em nossas esferas de atuação?

Se queremos um ano melhor do que o que finalizou a poucos dias e com melhores resultados nos campos pessoal, ambiental, social e de governança, o que temos feito para isso? E como estamos contribuindo para os avanços em direção aos nossos objetivos pessoais e profissionais?

No campo empresarial, para que possamos avançar de fato, precisamos de uma abordagem de gestão que favoreça a construção de negócios com um propósito maior do que o lucro. O lucro é fundamental para a sobrevivência de um negócio, mas ele é um meio para se chegar a um objetivo maior, e a forma como ele é conquistado e o que é feito com ele diz muito sobre a empresa e suas lideranças. Precisamos de um novo perfil de liderança, mais humanizada, mais cuidadosa e não por isso menos assertiva. Uma liderança que inspire as pessoas em torno de uma causa, que enxergue os negócios como uma forma de exercer um impacto positivo no mundo. Uma liderança que conte três histórias: quem eu sou, quem somos nós e para onde vamos juntos.

Que 2023 possa receber o melhor de nós!