Nossa Terra Nossa Gente : O “ROMANCEIRO DA INDEPENDÊNCIA” DE BETE GUIMARÃES

Muitos conhecem a aclamada professora pindamonhangabense, a empresária do Alfabete Cursos Preparatórios, a escritora da Academia Pindamonhangabense de Letras, a filha de Mário e Celina, a amiga, a esposa, a mãe, a avó Bete Guimarães! Poucos conhecem a origem de seu imensurável amor à leitura e à escrita, inicialmente motivado pelo pai que, aos finais de semana, a levava às matinês do Cine Brasil e, após as sessões, comprava-lhe revistinhas do Walt Disney.

Nessa despretensiosa diversão, estava sendo plantada em terreno fértil a semente primordial da futura escritora: a imaginação! Pois foi com essa poderosa ferramenta que a jovem aluna do Instituto de Educação “João Gomes de Araújo” conquistou seu primeiro DEZ em Redação, redigindo um texto imaginário sobre “Um passeio inesquecível”. Sem nunca ter ido ao mar, descreveu o passeio e, com a poesia de seu sonho, conquistou o bem-querer do Prof. Alexandre Salgado e a descoberta do fantástico mundo das letras!

Desde então, sua predileção pela leitura e pela escrita direcionou sua opção pelo curso de Letras e sua carreira como professora de Língua Portuguesa em diversas escolas públicas e particulares de Pindamonhangaba, Taubaté e Guaratinguetá.

Em 1988, a publicação de um poema de sua autoria – Pedra sobre pedra -, estampou a contracapa da Apostila de Redação do consagrado Prof. Sylvio Marcondes. A partir desse reconhecimento, a Professora de Língua Portuguesa tomou consciência de sua competência, e, a partir daí, sua produção escrita disparou num galope!

Ao longo de três décadas, Bete Guimarães publicou dez livros -A doce pedra do meio do caminho, Pedra maldita, Amigos para sempre, As pedras do Caminha, O perfume das rosas vermelhas, Recontando a história de uma princesa, Flor do Lácio, Romanceiro da Independência, Contando histórias para os meus netos, Ser da terra, ser do céu – em parceria com Neila Cardoso -,e, também, as Antologias 2012 e 2019 da Academia Pindamonhangabense de Letras, cuja Presidência ela ocupou por oito anos.

Dentre seus livros, destaco “Romanceiro da Independência”, publicado em 2012 e que, no ano do Bicentenário da Independência (1822/2022), ganha a segunda edição, revista e ampliada, trazendo à luz de nossas reflexões o caminho percorrido pelo Imperador, e de modo especial, as célebres fazendas de café do Vale Histórico Paulista, celeiro da riqueza do século 19 e berço dos grandes amigos de D. Pedro I.

Aprecio no prefácio da supracitada obra as palavras do Dr. Francisco Piorino Filho: “Em percorrendo as páginas do Romanceiro com conteúdo esmerado e suas ilustrações vinculadas à época da nossa Independência, parece que estamos a assistir a um documentário cinematográfico, onde a história real da Independência ou Morte é contada com uma leveza e objetividade sem par, parecendo acompanhar no seu relato todos os ideais de D. Pedro I, sua tomada de atitude e sua caminhada até o ápice do Grito do Ipiranga, onde a presença de pindamonhangabenses foi marcante, afora a participação de outros bravos valeparaibanos que são mostrados neste curta-metragem, impresso em livro”.

Em “Romanceiro da Independência”, Bete Guimarães teve como objetivo reavivar em nossa terra a urgência do restauro e preservação da Igreja de São José, local em que estão os despojos dos pindamonhangabenses da Guarda de Honra de D. Pedro I e, também, de sacerdotes, senhoras e cavalheiros das famílias que erigirama capela.

É notório que, nas páginas desta segunda edição, encontramos a escrita didática da professora que se debruçou sobre um número maior de fontes, de fotografias, de caminhos e paragens do Imperador para tecer essa obra magistral e com ela saudara Princesa do Norte. Eis Bete Guimarães, a menina encantada por cinema e gibis que encontrou no magistério e na escrita o seu lugar no mundo e na história literária de Pindamonhangaba.
P.S. A seguir, o CONVITE para o lançamento do livro…

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