Obras de Romero Brito ajudam idosos a melhorar coordenação motora
Um projeto de arteterapia, que utiliza imagens das obras de Romero Brito, têm contribuído para melhorias significativas na coordenação motora, nas expressões criativas, na liberação de emoções e outras características de um grupo de idosos de dois lares da cidade: São Vicente de Paulo e Irmã Terezinha. A ação também é desenvolvida na Casa do Ancião Luiza de Marillac, de Taubaté.
Por meio da iniciativa “Arte Experiente da Terceira Idade”, desenvolvida pela professora Letícia Antunes de Moura Godinho, da Fundação José Carlos da Rocha, 25 idosos passaram a ter aulas de pintura entre uma e duas vezes por semana com duas horas de duração em cada encontro.
“Primeiro as telas foram exibidas pelo computador, com uma explicação sobre os quadros, sobre o artista, toda a parte técnica, as cores e o que significava cada obra. Depois eles escolheram qual gostariam de pintar e iniciaram o processo em telas”, explicou Letícia. As telas utilizadas para redesenhar as obras consagradas do artista pernambucano, radicado nos Estados Unidos, são de tamanhos variados – entre 20cm por 20cm até 30cm por 40cm.
De acordo com Letícia, o resultado é surpreendente. “Antes do projeto, eles nunca tinham pintado ou participado de nenhuma iniciativa envolvendo arte – sequer tinham feito pinturas em papel e com lápis. Agora eles utilizam telas, pinceis, tintas e uma grande variedade de cores e formas com o estilo neo pop-art do Romero Brito”, contou a professora.
Ela relatou que “tudo isso tem contribuído para uma melhora gradual e acentuada na coordenação motora, na diferenciação de cores e formas, na interação entre membros do grupo, liberação de emoções, de conflitos internos, de imagens perturbadoras do inconsciente. Além disso, é nítida a redução na ansiedade e nos medos – o que tem gerado um equilíbrio físico, mental e espiritual”, completou professora.
Segundo ela, é possível notar que muitos dos participantes estão mais calmos, felizes e com mais força para segurar os pinceis – comprovando a eficiência dos projeto “Arte Experiente da Terceira Idade” na qualidade de vida dos idosos.
Letícia lembrou que após todas as telas serem concluídas, a Fundação José Carlos da Rocha vai expor os trabalhos em galerias e saguões, para que o público em geral tenham acesso às obras e possa conhecer melhor o trabalho desenvolvido em prol de idosos da região.