História : Oficiais Pindamonhangabenses da Guarda de Honra
Conforme havíamos prometido na última publicação desta página de história (6/7/2022), concluímos nesta edição, com dados referentes a oficiais pindamonhangabenses que compuseram a Guarda de Honra do Imperador Pedro I, aquilo que foi divulgado na histórica Tribuna, datada de 6/9/1922, em comemoração ao 1º Centenário da Independência do Brasil.
Informamos aos leitores que a demora sem que voltássemos à publicação semanal desta editoria se deu por motivos alheios a nossa vontade.
“Oficiais pindamonhangabenses”
Com este título (lembrando ao leitor que o comandante, coronel Manuel Marcondes de Oliveira e Mello já foi mencionado na edição de 6/9/2022), a edição da Tribuna comemorativa aos 100 anos da Independência do Brasil assim destacou os seguintes componentes da Guarda de Honra:
Capitão João Monteiro do Amaral. Era filho do alferes Manuel Monteiro de Castilhos e de dona Antonia Cardoso do Amaral. Neto, pelo lado materno, do capitão Antonio Marcondes do Amaral, tronco da família Marcondes.
Além da Guarda de Honra, representou papel saliente na política e tomou parte na Revolução de 1842. Em 1837-1840, foi eleito Juiz de Paz, exercendo o cargo de 1845 a 1848 e de 1849 a 1852.
Ocupou outros cargos. Foi um distinto liberal, militando até a morte. Foi nomeado tenente-coronel da antiga Guarda Nacional.
Casado com Maria Caetana do Amaral Monteiro, morreu a 10 de setembro de 1864, deixando seis filhos: Manuel Monteiro de Castilhos, tenente-coronel Alexandre Marcondes Monteiro, capitão João Antonio Monteiro, Mariana Marcondes Monteiro, Delphina Marcondes Monteiro e Alexandrina Monteiro Salgado.
Domingos Marcondes de Andrade. Filho do tenente Domingos Marcondes do Amaral e de dona Anna Izabel de Andrade. Após a proclamação da Independência ele adquiriu uma fazenda na Freguesia da Sacra Família do Tinguá, município de Vassouras -Minas Gerais, para se mudando com sua família.
Nomeado superintendente da Imperial Fazenda de Santa Cruz, desempenhou o cargo durante alguns anos, sendo depois agraciado com a comenda da Ordem de Cristo por Pedro II.
Deixando o cargo de superintendente, voltou a ser fazendeiro, adquirindo a fazenda Floresta, em Tinguá, onde veio a falecer em 1849.
Foi casado (por procuração) em São Paulo, em 1815, com Maria do Carmo Guilhermina Gomes, filha do coronel de milícias, comendador Manuel José Gomes, com a qual teve dez filhos: Marcos Marcondes de Andrade, Cândido Marcondes de Andrade, Sérgio Marcondes de Andrade, Christiano Marcondes de Andrade, Severino Carlos Marcondes,Dulce Gomes Marcondes dos Santos, Pedro Julio Marcondes, Carolina Marcondes de Andrade, Maria Benedicta Marcondes de Andrade e Rosa Cândida Marcondes de Andrade.
Francisco Bueno Garcia Leme. Filho de Ignacio Correa Leite e de Thereza Maria B.de Cerqueira Leme. Era neto, pelo lado paterno, do coronel Francisco Bueno Garcia.
Foi nomeado major da Guarda de Honra. Dotado de caráter nobre e de belos sentimentos, era muito estimado pelo imperador Dom Pedro I.
Foi casado em São Paulo com Gertrudes Benedicta da Silva.
Em 1838 foi nomeado “Moço Fidalgo da Casa Imperial”, conforme documento encontrado no cartório de 1º Ofício da Comarca de Pindamonhangaba.
Foram oito os seus filhos: capitão Manuel Joaquim Bueno Garcia Leme, Brígida Rosa de Castro, tenente-coronel José Maria Bueno, Joaquim Ignacio Bueno Garcia Leme, Francisco de Assis Bueno, Gertrudes Thereza Bueno, AntonioAnastacio Bueno e João Evangelista Bueno.
Miguel de Godoy Moreira e Costa. Filho do capitão Miguel de Godoy Moreira e de dona Maria Antonia de Oliveira. Era neto do ajudante Manuel de Oliveira Neves.
Depois da Independência foi nomeado comendador da Ordem de Christo. Ao lado do Monsenhor Marcondes trabalhou na política, sendo ativo participante da Revolução de 1842. Ocupou o cargo de vereador em 1837-1840.
Morreu no dia 15 de fevereiro de 1858, deixando de seu casamento com Anna Maria Leite a filha Maria Antonia de Oliveira.
Manoel de Godoy Moreira. Foram seus pais o guarda-mor José de Godoy Moreira e Clara Francisca das Neves. Foi membro do Partido Liberal. Ocupou cadeira de vereador de 1837 a 1840 e de 1845 a 1848. Ocupou outros cargos públicos e prestou relevantes serviços durante a Guerra do Paraguai. Participou da Revolução de 1842.
Também foi capitão da Guarda de Honra.
Era casado com Anna Francisca dos Santos Moreira.Morreu no dia 12 de março de 1867, deixando cinco filhos: major José dos Santos Moreira, Manuel dos Santos Moreira, Antonio Clemente Moreira, Maria da Glória Moreira e Maria Pureza Moreira.
Adriano G, Vieira de Almeida. Alferes da Guarda de Honra. Filho do sargento-mor Ignacio Vieira de Almeida. Outro que foi muito estimado de Dom Pedro I, queo nomeou alferes do segundo esquadrão da Guarda.Foi juiz municipal suplente e promotor público nomeado por ato de 25 de maio de 1829.
Em 1832 ocupou o cargo de coletor das Rendas Nacionais. Eleito vereador de 1833 a 1836, de 1845 a 1848 e de 1849 a 1852, e juiz de paz em 1841, 1857 e 1861. Também tomou parte na Revolução de 1842.
Casado com JosephinaAgueda de Mello, morreu em março de 1864, deixando três filhas conhecidas pelo apelido de “moças do Adriano”: Maria S. de Almeida, Leopoldina de Almeida e Marianinha de Almeida.
Manuel Ribeiro do Amaral. Nasceu em 1797, filho de José Machado Silva e Clara Marcondes do Amaral.
Foi eleito vereador em 1833. Prestou relevantes serviços ao país durante a Guerra do Paraguai. Participou da Revolução Liberal de 1842.
Casado com Maria Antonia de Nazareth Amaral, morreu no dia 11 de abril de 1879, deixando oito filhos: Dr. João Ribeiro M. Machado, Dr. Manoel Ribeiro Marcondes Machado, Claro Ribeiro M. Machado, Andradina Marcondes Ribeiro, Anna Francisca G. Salgado, Maria Angélica Machado e Marianna R. Marcondes Machado.
Antonio M. Homem de Mello. Foram seus pais o ajudante José Homem de Mello e Maria Marcondes de Andrade. Era neto materno de Domingos Marcondes do Amaral.
Ocupou diversos cargos públicos, sendo prestigiado chefe político. Foi nomeado capitão da Guarda de Honra. Era casado com Maria Rufina de Mello. Morreu alguns anos após a Independência e não deixou filhos.
Benedito Correa da Silva. Ocupou o posto de capitão da Guarda de Honra. Prestou serviços à política e ao município. Ocupou diversos cargos públicos. Foi um dos participantes da Revolução de 1842.
Era filho do capitão Antonio Salgado Silva e de Maria Correa da Silva, sendo irmão do Visconde da Palmeira. Casado com Maria Francisca de Oliveira Salgado foi pai de nove filhos: Ignacio Correa Salgado, Antonio da silva Salgado, Francisco das Chagas Salgado, Manoel Antonio C. Salgado, José Benedito Correa Salgado, Maria Alexandrina de Oliveira, Maria Cantidiana Salgado, Maria Leopoldina Correa Salgado e Maria Deolinda Salgado.