“Outubro Rosa”: autoexame, mamografia e diagnóstico
Em 2020 havia 2,3 milhões de mulheres com diagnóstico de câncer de mama e 685 mil mortes em todo o mundo. No fim de 2020, havia 7,8 milhões de mulheres vivas com diagnóstico de câncer de mama nos últimos cinco anos, tornando-o o câncer mais incidente no mundo.
Por se tratar de uma doença em que é possível o rastreio precoce da doença, o ‘Outubro Rosa’ é mais uma campanha que visa a conscientizar as pessoas para a realização de mamografias – o mais eficiente exame de imagem para detecção da doença.
Ainda que possível diagnosticar cedo e tratar com efetividade, há mais mulheres que sofreram afastamento de suas atividades diárias e com sequelas devido ao câncer de mama em todo o mundo do que qualquer outro tipo de câncer.
O câncer de mama ocorre em todos os países do mundo, em mulheres em qualquer idade após a puberdade, mas com taxas crescentes a partir dos 50 anos.
A mortalidade por câncer de mama mudou pouco dos anos 1930 aos anos 1970. Somente a partir dos anos 1980 é que novos medicamentos e o avanço na educação da comunidade contribuíram na melhoria na sobrevivência.
“A cada dia vemos menos óbitos em curto espaço de tempo. Hoje temos mais tratamentos disponíveis e personalizados, já que é possível conhecer o ‘nome e sobrenome’ de cada tumor (tipos e subtipos)”, esclarece Raphael Brandão, chefe do Serviço de Oncologia do Hospital Moriah.
Os programas de detecção precoce combinados com diferentes modos de tratamento para erradicar a doença, avanços nas técnicas cirúrgicas, novos equipamentos de radioterapia e drogas individualizadas para tratar os diversos tipos de neoplasia transformaram a doença, tirando o estigma de “sentença de morte”. Segundo o médico, hoje o mais comum é ver mulheres vivendo mais de 10 anos com câncer metastático (aquele que se espalhou por outros órgãos), porque há diferentes drogas para cânceres refratários e avançados.
Conscientização
A iluminação das fachadas de prédios e monumentos tem forte apelo popular e cumprem o papel não só para adoção de políticas públicas para o acesso aos diagnósticos, mas também na educação da sociedade para que o indivíduo assuma o protagonismo de sua saúde.