Papo reto com Carlos Alberto Faria Raposo Lopes

A coluna Papo Reto de hoje traz um bate papo com Carlos Alberto Faria Raposo Lopes, presidente do Sindicato Rural de Pindamonhangaba.

Carlos Alberto, Beto, como é conhecido, é produtor rural na área de caprinocultura leiteira, no Capril do Beto. É filho de Jorge Leal Raposo Lopes e Áurea Maria Faria Raposo Lopes. É casado, tem dois filhos.

Na juventude foi cavaleiro, depois instrutor, tendo aluno campeão brasileiro e outros reconhecidos no circuito nacional por grandes performances. Hoje é desenhador de percurso de provas de hipismo, sendo credenciado pela Confederação Brasileira de Hipismo, desenhando provas em todo o Brasil. Foi presidente do Sindicato Rural entre os anos de 2010 e 2012.

TN – Quais são as principais demandas dos agricultores e produtores rurais de Pindamonhangaba atualmente?
As principais demandas dos produtores rurais de Pindamonhangaba são para solucionar questões que sempre estão presentes na atividade agropecuária, como alta dos custos de produção e baixo valor dos produtos. Muitos produtores sentem necessidade de assistência técnica mais presente, prestação de serviços de apoio e outras relacionadas à infraestrutura na zona rural como as condições das estradas, dificuldades de comunicação por telefone ou internet e, irregularidade no fornecimento de energia elétrica. A questão da segurança também é fortemente demandada por todos os moradores da zona rural de nosso município.

TN – Como o Sindicato tem trabalhado para promover o desenvolvimento e o fortalecimento do setor agrícola local?
O Sindicato Rural de Pindamonhangaba tem trabalhado de diversas formas para fortalecimento do setor agropecuário local. Uma dessas iniciativas é a comunicação com a classe produtora e com a sociedade em geral, através da publicação de um jornal mensal, entrevistas em rádios, tvs e pelas redes sociais de maneira a divulgar o trabalho do produtor rural e sua importância na vida das pessoas e na economia do país. Procura colaborar também na evolução da tecnologia adotada pelos produtores de maneira a serem mais eficientes e obterem melhores resultados na sua atividade, através de palestras, cursos, visitas, etc. O Sindicato tem também procurado trabalhar em parceria com as autoridades para elaboração de política agrícola que atenda aos interesses da categoria.

TN – Quais são os principais desafios enfrentados pelos agricultores locais e como o sindicato tem atuado para superá-los?
Acredito que o principal desafio atualmente seja o da rentabilidade da atividade, embora o setor do agronegócio esteja tendo bom desempenho em todo o país, as atividades agropecuárias de nossa região não estão voltadas para o mercado internacional, portanto, não se beneficiam desse período favorável.

TN – Quais são as ações do Sindicato em relação à capacitação e qualificação dos agricultores locais?
O Sindicato Rural tem investido bastante na qualificação de produtores, trabalhadores e familiares e por acreditar nisso, está construindo um Centro de Treinamento localizado na Fazenda Princesa do Norte, propriedade adquirida pelo sindicato em 2019 e localizada no Bairro das Campinas. No local, estão sendo realizados cursos nas áreas de tecnologia de produção agropecuária, operação e manutenção de máquinas agrícolas, preparo e conserva de produtos, artesanato, manejo de animais, etc. Também são realizados no local, programas de apicultura, olericultura orgânica, formação de pomar e reflorestamento com espécies nativas.

TN – Como o sindicato tem buscado representar os interesses dos seus associados em questões políticas?
O Sindicato Rural por determinações legais não pode se envolver em questões políticas partidárias, entretanto nas grandes questões nacionais que afetam a atividade agropecuária o sindicato tem se posicionado em sintonia com a Federação da Agricultura do Estado de São Paulo.

TN – Quais são as perspectivas futuras para o setor agrícola em Pinda e como o sindicato pretende contribuir para o seu crescimento e desenvolvimento?
Acreditamos que o futuro do setor em Pindamonhangaba esteja numa produção agropecuária cada vez mais eficiente, com alta produtividade e rentabilidade, ocupando cada vez menores áreas que poderão ser destinadas para outros usos. A exploração da zona rural de nosso município com atividades não necessariamente agropecuárias, como o turismo rural e turismo de aventura deve se consolidar cada vez mais. Também o pagamento por serviços ambientais deve no futuro proporcionar renda aos proprietários rurais pelo serviço que prestam à sociedade na manutenção da flora, fauna, conservação e produção de água. O Sindicato Rural de Pindamonhangaba espera poder contribuir participando juntamente com as autoridades municipais na elaboração de políticas que promovam o desenvolvimento sustentável de nossa zona rural.

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