Pequenas e microempresas de Pinda resistem à crise, diz estudo
A análise indica também que empresas alimentícias de grande porte da cidade lideram porcentuais de mão de obra e geram mais empregos.
COLABOROU COM O
TEXTO: Joyce Dias
Apesar da crise, as pequenas e microempresas da cidade conseguem resistir à crise ao atingir 22,6% de força de trabalho do setor. Os estabelecimentos de Pindamonhangaba que têm de dez a 19 colaboradores, possuem 20% do estoque de empregos formais na cidade, o que representa 4% de participação no mercado. Deste total, 85,1% delas conta com até quatro funcionários, diz o assessor econômico da FecomércioSP, Jaime Vasconcellos.
“Mesmo com essa realidade que é resultado da crise econômica do País, estamos em um processo de reação e não mais de queda”, define Vasconcellos. “Teremos um Natal melhor este ano”, acrescenta o assessor, que acredita no movimento contínuo de recuperação econômica do País, que assim refletirá no estado e na cidade.
A pesquisa foi elaborada especificamente nos comércios da cidade, pelo Sindicato do Comércio Varejista de Pindamonhangaba, em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP).
O relatório também indica que de 2007 a 2016, 17,1% das empresas foram extintas no município, um total de pouco mais de 400 empreendimentos.
A redução foi maior para as lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, que diminuíram na cidade. Segundo o assessor, o setor sofreu por não ser de caráter essencial. “Quando o endividamento é alto e o crédito é caro, a primeira coisa que corta é aquilo que se consegue postergar”, declara.
Já no setor alimentício, as pequenas e microempresas sentiram a crise também por terem margem maior e, consequentemente acabam competindo com os supermercados. Porém, isso reflete na geração de empregos pelas grandes empresas alimentícias que, por sua vez, definem um caráter essencial para a sociedade por oferecerem uma margem menor para a população.