Pesquisadores estudam morcegos do Parque do Trabiju
O Parque Natural Municipal do Trabiju está recebendo, nesta semana, os pesquisadores Rafael Laurindo (doutorando em ecologia) e Matheus Mancini (mestrando em ecologia), da Universidade Federal de Lavras-MG.
O trabalho, intitulado “O Efeito da Altitude na Diversidade e Dieta de Morcegos”, está sendo realizado em oito áreas ao longo da Serra da Mantiqueira, em uma faixa de altitude que varia de 700 a 2000 metros. O Parque do Trabiju é um dos pontos de coletas de morcegos. Os morcegos são capturados com o uso de oito redes de neblina armadas nas trilhas do parque, como trilhas da Ponte Pênsil, das Duas Pontes e do Porco do Mato. Durante a noite, os pesquisadores estudam o morcego capturado, realizam a marcação e os animais são soltos novamente.
Nos dias 20 e 21 de março, foi feita a quarta coleta da pesquisa, que teve início em outubro de 2015. Logo no primeiro dia, foram capturados dez morcegos de quatro espécies.
Os pesquisadores já estiveram acampados em três ocasiões, no Parque do Trabiju: outubro de 2015, março de 2016, e agora. A intenção é estudar as espécies de morcegos existentes no local em variadas épocas do ano, sob diferentes condições climáticas.
Mais de 13 espécies diferentes já foram identificadas no parque, de quatro diferentes guildas alimentares: frugívoros, nectarívoros, insetívoros e onívoros. Não foi capturada nenhuma das três espécies de morcegos hematófagos existentes. Contudo, foi encontrada uma espécie em extinção: um Myotis ruber.
O trabalho está sendo desenvolvido pelo Laboratório de Diversidade e Sistemática de Mamíferos da Universidade Federal de Lavras, sob orientação do Prof. Dr. Renato Gregorin.
Visitas controladas
O Parque do Trabiju, atualmente, está recebendo somente grupos pequenos de pesquisadores. Os demais visitantes precisam entrar com solicitação via protocolo da Prefeitura e Subprefeitura, para que seja analisado caso a caso.
De acordo com informações da Secretaria de Meio Ambiente, o parque ainda não está liberado para o público, para que seja feita uma reestruturação completa em suas dependências, tanto no que diz respeito à recepção e monitoramento, quanto à segurança de grupos de visitantes.
Estudo começou em 2015 e mais de 13 espécies já foram identificadas