Projeto educacional resgata história de “João do Pulo”
Na ação, 38 crianças fizeram uma visita monitorada ao Centro Esportivo João Carlos de Oliveira e conversaram com o atleta pindense Marcos Paulo
Colaborou com o texto:
Dayane Gomes
O resgate histórico e cultural do Vale do Paraíba sustenta as atividades do projeto “Chão da Terra”, desenvolvido por quatro professoras da Escola Municipal Professor Moacyr de Almeida com as turmas “B” do 1°, 2°, 3° e 4° ano do Ensino Fundamental. O programa estudantil instiga os alunos a aprenderem e refletirem sobre questões típicas, principalmente, de Pindamonhangaba. Assim, nessa terça-feira (22), um grupo percorreu o Centro Esportivo João Carlos de Oliveira para conhecer a fundo a trajetória do atleta mais conhecido do município, João do Pulo, e do mais falado no momento, Marcos Paulo.
Além de relembrarem danças, músicas, comidas e costumes do território vale-paraibano, os pequenos munícipes do “Chão da Terrra” puderam revisar o esporte local de perto. “A aula de campo é muito boa para o aluno. Nada melhor do que vivenciar este conhecimento”, aponta Mariluci Alcides Campos, diretora da EM Professor Moacyr de Almeida. Aliás, várias das 38 crianças nunca haviam ido até o ponto esportivo que leva o nome do quarto maior triplista da história do atletismo mundial.
Logo após desembarcarem do ônibus disponibilizado pela Prefeitura de Pindamonhangaba, os estudantes fizeram um piquenique e se prepararam para andar pelo espaço com a monitoração de funcionários da Semelp (Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de Pindamonhangaba). Em seguida, todos se reuniram nas arquibancadas externas para conversar com o campeão mundial dos “Jogos Escolares 2018”, Marcos Paulo.
“É algo tão recente e eles já estão sabendo. Então, é bacana ver o reconhecimento do pessoal”, comentou o recém-campeão brasileiro sub 18 a respeito da agitação dos pequenos assim que o viram chegar. Inclusive, o pindense de 16 anos de idade deixou a dica de que “o bom de começar quando criança é que com o tempo você pega gosto, porque começa a competir e viajar. No começo é difícil, mas depois não para mais”.
Terminada a prosa, os visitantes do 3° e 4° anos, acompanhados de Mariluci e duas professoras, continuaram o passeio com alguns exercícios físicos voltados à modalidade do dono da casa, o salto triplo, e à modalidade do jovem atleta, o 110 metros com barreiras. “É importantíssimo a gente despertar o interesse nessas crianças para a realização de atividade esportiva em geral. E, em especial, para o atletismo que não é um esporte de mídia, muito divulgado”, afirma Luiz Gustavo Fonseca Consolino, de 34 anos, professor da Semelp.
Enquanto, a educadora da EM Professor Moacyr de Almeida, Érika Fernanda Cândido indica que “é fundamental às novas gerações conhecerem a riqueza da cultura regional. Uma sociedade que não valoriza a sua própria cultura, que desconhece sua história, seus saberes originários, não tem identidade”.