PROJETO TRIBUNINHA
Conversar sobre educação é reportar-se às formas de estabelecimento de vínculos, por ser a escola um espaço de relações. Observe que não basta apresentar um assunto para que o outro demonstre disposição para apreendê-lo. Necessário se faz a vontade de querer saborear o que lhe é apresentado.
Rubem Alves disse ser fácil levar a égua até o ribeirão. Difícil é convencê-la a beber a água se ela não tiver sede. Assim acontece com a gente. Para ensinar e aprender é preciso desejar. Ter um espaço seguro, em que o acolhimento aconteça pelo olhar, pelo toque das palavras capazes de nos abraçar, pela PRESENÇA genuína do outro confere sentido às partilhas de saberes.
Olhando para o passado recente da pandemia da Covid-19, em que a presença física foi substituída repentinamente por atividades impressas, desafiando a todos a navegar em um mar de incertezas, evidenciou-se o quanto as relações com o outro (professores e colegas) são importantes.
Os desafios vividos destacaram que ‘ensinar e aprender’ é um processo artesanal. Estratégias diferentes foram buscadas para atender o estudante em sua singularidade. Mais do que nunca, o conceito de comunidade educativa se fez conhecer na prática. Profissionais da educação e famílias ainda mais juntos para garantir o bem-estar físico e emocional dos estudantes, como o direito à educação de todos.
Sentimentos, emoções e horizontes vislumbrados não ficaram à margem das práticas escolares no período do ensino remoto emergencial e na retomada gradual às aulas presenciais. Diante dos acontecimentos, a escola se afirmou como um espaço de vida, da certeza de que o professor não será substituído, pois ele é o elo entre o saber e o querer.
Durante a crise instalada, foi possível descobrir forças e o desabrochar de ações advindas do coletivo. Inúmeras práticas realizadas e com visibilidade nas redes sociais e nos territórios educativos, reforçando o sentimento de pertencimento e de que a educação é MOVIMENTO, é um PROCESSO DINÂMICO.
A experiência advinda da pandemia da Covid-19 evidenciou o quanto a vida é frágil, portanto, PRECIOSA. Por essa razão é recomendável vivê-la a qualquer tempo de forma responsável, ética e empática.