Quando ser avó faz a mãe ser de “açúcar”
Nos momentos em que família de Karla Vieira Vilela se reúnem, a última coisa que falam é sobre a idade de cada um. Eles são sempre tão alegres, comunicativos e cheios de vida que ninguém vai “perder tempo” falando sobre idades.
A Karla tem 45 anos; sua filha mais velha, a Mariana Vilela Barbosa, tem 29 anos; seu filho caçula, o João Pedro Vieira Santos, tem 4 anos, e sua neta (filha da Mariana), a Sarah Midori Awoyama, tem 2 anos.
Eles convivem quebrando as barreiras e os paradigmas, já que Karla exerce, ao mesmo tempo, o papel de mãe e avó, por vezes com o filho e a neta juntos no mesmo ambiente.
“A grande diferença na criação dos meus dois filhos é em relação ao ‘convívio familiar’. Isso porque quando a Mariana tinha quatro anos eu voltei a morar com minha mãe. Então, além de mim, ela foi cuidada pelos avós maternos, pela avó paterna e pelos tios, que na época eram solteiros. Ela sempre tinha muita gente ao seu redor”, conta. “Já o João, se não estiver na ‘escolinha’, está comigo ou com o pai dele. Até a irmã, por quem ele é apaixonado, trabalha bastante; tem sua casa e sua família. A convivência é apenas aos fins de semana ou em algumas horas durante a semana”.
“Independente do tempo e da geração, o que não mudou foi a minha forma de educá-los com valores: mostrando sempre que precisam ser amáveis, companheiros, gentis, respeitando o próximo e reconhecendo seus erros. Também nunca deixo de exortá-los quanto a serem confiantes, perseverantes, responsáveis, colaboradores e honestos”, ressalta Karla.
Segundo a psicopadagoga Arlete, essa é uma receita de sucesso. “Os pais devem sempre pensar na criança individualmente, independente da diferença de idade entre os filhos. Os pais precisam ter em mente que cada as criança e jovem tem necessidades próprias como amor, respeito e educação escolar, que devem ser observadas de forma particular”, destaca.