Editorial : Relação entre etanol e gasolina avança a 77,29% no estado
O consumidor que possui veículo flex (bicombustível) deve ficar atento na hora de comprar gasolina ou etanol nos postos de combustíveis. Não cabe aqui alertar se o produto é batizado ou não. Pois se for, nem adianta continuarmos editoriando. Isso porque você leitor vai perder dinheiro e prejudicar seu carro.
No momento, cabe apenas uma reflexão em relação ao custo do produto devido aos novos valores encontrados nos postos.
A relação entre os preços do etanol e os da gasolina voltaram a acelerar na segunda semana do mês no Estado de São Paulo. De acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), essa equivalência alcançou 77,29% no período em análise, depois de atingir 76,52% na primeira semana de outubro.
Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.
O movimente reflete o encarecimento expressivo do etanol no varejo, segundo coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, André Chagas. No IPC – que mede a inflação na capital paulista – o etanol vem subindo na faixa de 10% há três leituras consecutivas.
Na segunda quadrissemana do mês (últimos 30 dias terminados até terça, 15), o etanol ficou 10,08% mais caro, após alta de 10,64% na primeira leitura e 10,44% no fim de outubro. Já a gasolina teve elevação de 1,20% na segunda quadrissemana, ante 1,51% na primeira. “Há sinais de desaceleração nos preços do etanol. Isso pode fazer o grupo Transportes e IPC a fecharem com uma taxa menor em novembro”, informou em nota o instituto. A expectativa da Fipe é que o IPC feche o mês em 0,27%, ante projeção inicial de 0,42%.
O grupo Transportes teve variação positiva de 0,67% na segunda quadrissemana no IPC, depois de 0,72% na primeira. A estimativa da Fipe é que termine o mês em 0,50%, depois de 0,71% no encerramento em outubro.
Segundo especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.
Assim, é mais fácil utilizar gasolina porque ‘rende mais’, e você vai ter menos trabalho para abastecer.
Agora, deixando esse cálculo de lado. O ideal é evitar o carro e preferir o transporte coletivo, a bicicleta, a caminhada. Não, não nos xingue por favor. Sabemos do calor e do sol. Sendo assim, tente, ao menos, dar carona para um vizinho ou amigo e ‘rachar’ a gasosa ou o álcool. Melhor para seu bolso, para o trânsito e para o meio ambiente.