Vanguarda Literária : SCHOPENHAUER E REPRESENTAÇÃO
O Filósofo Alemão Arthur Schopenhauer ( 1788-1860) que teve grande influência de Platão,Kant e dos princípios budistas,por sua vez, inspirou Freud,Jung ,Nietzche, ,Beckett, Einstein e até o nosso Poeta Augusto dos Anjos e Machado de Assis..Formulou o seu pensamento a partir da Filosofia de Kant( 1724-1804) o qual colocara distinção dos FENÔMENOS ( o que se mostram e são passíveis de desvelamento) e a COISA EM SI (“ Noumenon” em grego) sendo isto entendido como o que nos surge e existe em si mesmo,e ,essa “ COISA “ não deveria,a priori,ser um objeto de conhecimento científico.
A partir daí, Schopenhauer colocou que o mundo não seria mais do que REPRESENTAÇÃO( síntese entre o que o sujeito acha ante um objeto que lhe é apresentado).Representação portanto, entre a realidade externa e a consciência do ser humano,ou seja:o mundo já existe a partir da consciência em que ele surge,de tal maneira,que a REPRESENTAÇÂO constitui-se de dois elementos importantes:O sujeito ( observador) e o objeto,tudo isso observado dentro da dualidade espaço-tempo.Ao tratar da COISA EM SI ,o pensador e filósofo foi além de Kant:ela é a origem da realidade, determinada por algo que se denomina VONTADE.Para ele, a experiência do indivíduo mostra-o como ser ativo,cujo comportamento vai expressar a sua VONTADE ,algo instintivo e primário nele, movido por suas aspirações e paixões,independente da razão.
Na sua obra principal:O MUNDO COMO VONTADE E REPRESENTAÇÕES”(1819), ele coloca a vontade como o ser em si,algo muito além da percepção corporal.Ela seria a raiz de toda sua conduta ,origem do seu sofrimento,algo irracional e inconsciente.Para o filósofo, portanto,a consciência seria algo superficial de nossa mente” da qual pouco se conhece”.Com base nesse pensamento original, extraordinário, é que entendemos a sua influência em Freud,pois, o inconsciente passou então a ser um real objeto de estudo.Alguns estudiosos afirmam que Schopenhauer foi um pessimista por ele ter mostrado o quanto o prazer é fugaz e faz sofrer, e, que as ações volitivas do homem o levam a enfrentar dores.
E, como superar essas dores?De acordo com o filósofo em pauta, pela contemplação artística, em especial pela música e pela ética. Ética entendida por ele como uma constante procura da verdade que encaminha o homem ‘a felicidade do bem ,desde que,orientado pela renúncia aos males do mundo e ao controle de suas ações instintivas.Nos dias atuais em que a nossa Nação vive dilemas éticos envolvendo os poderes da Federação, em especial o Executivo e o Legislativo,refletir sobre as lições desse filósofo cuja obra atravessou gerações é um bom caminho, é uma luz no fim do túnel.Algo precisa ser feito, em especial, restabelecer o império da ÉTICA.Mostrar principalmente para a nova geração, que desejamos o progresso material e moral da nossa Nação.Não esqueçamos que, quando os valores morais e éticos foram desprezados, negligenciados,os impérios ruíram.Aí está a História para nos provar.Vejamos o que aconteceu com os gregos e romanos. E tudo terminou de maneira catastrófica atrasando o progresso da humanidade.Não podemos nem devemos repetir tudo.