Nossa Terra Nossa Gente : UM NOVO CAPÍTULO NO LIVRO DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL “VEREADOR RÔMULO CAMPOS D’ARACE”

A Biblioteca Pública Municipal “Vereador Rômulo Campos D’Arace”, por muitos anos, esteve situada na ladeira Barão de Pindamonhangaba com vizinhança para o Bosque da Princesa – daí o carinhoso apelido cunhado por seus usuários de “Biblioteca do Bosque”. Recentemente, a primeira biblioteca pública da Princesa do Norte ganhou uma nova sede à rua Dr. Campos Sales, 529, mais ampla e mais próxima do centro, a ser inaugurada em 20 de junho de 2023.

Folheando as páginas do livro de história da “Biblioteca do Rômulo”, desvelamos fatos riquíssimos, imprescindíveis ao conhecimento de nossa terra e de nossa gente, dentre eles, a sua criação, a constituição do seu acervo e, destacadamente, sua inovação em projetos literários.

Seu patrono, Rômulo Campos D’Arace (1922 – 1955), insigne homem das letras e Presidente da Câmara Municipal de Pindamonhangaba, foi o autor da Lei Ordinária nº 157, de 12/5/1952, que isentava de impostos o comércio de livros no município. Sob a sua batuta, também foi aprovada a Lei nº 236, de 7 de dezembro de 1954, que aprovara a construção do prédio para a biblioteca pública, na Travessa do Mercado, com frente para a Rua Gustavo de Godoy que, no ano seguinte à prematura morte do político, passa a denominar-se Biblioteca Pública Municipal “Vereador Rômulo Campos D’Arace” – Lei n. 257, de 9 de fevereiro de 1956.

Ao longo dessas seis décadas, a “Biblioteca do Rômulo” peregrinou por outros endereços, fincando marcos de sua história na Rua Bicudo Leme, na Travessa de Pindamonhangaba, na parte inferior do Arquivo Municipal e do Museu e, por fim, no Bosque.
Abriga aproximadamente 20 mil títulos e mais de 50 mil volumes, dentre os quais, todo o acervo do emérito Professor Lauro Silva – 16 mil volumes além de milhares de recortes de jornais e revistas! – doado em 1978. Posteriormente, outras coleções pessoais foram sendo incorporadas e, por isso, atualmente é detentora de obras raras sobre a história de Pindamonhangaba e de um rico acervo de escritores pindamonhangabenses.

Nestes 67 anos de existência, bibliotecários e funcionários têm dedicado suas vidas a transformá-la num ponto de referência cultural no Vale do Paraíba! Para isso, seu espaço foi palco de exibição de filmes, peças teatrais, palestras, saraus, cursos, sessões de autógrafos, diálogos com escritores, projetos educativos e, sobretudo, um lugar privilegiado de estudo e pesquisa de inúmeras gerações.

A nossa primeira biblioteca pública zela por seu acervo material tanto quanto por seu magnífico patrimônio imaterial: a memória de Rômulo Campos D’Arace, pindamonhangabense de coração, que honrou o município com seu Livro “Retratos da Princesa do Norte” (1954) e, sobretudo, com sua admirável história! Rômulo foi poeta, escritor, jornalista, radialista, fotógrafo, aviador, político e um pai de família que viveu intensamente seu amor por Pindamonhangaba!

Inspirada nesse grande feito de Rômulo Campos D’Arace, trago à luz um pensamento de minha escritora preferida, Marguerite Yourcenar, ao justificar a importância das bibliotecas, especialmente, no contexto atual das novas tecnologias e da inteligência artificial: “fundar bibliotecas era também construir celeiros públicos, armazenar reservas contra um inverno do espírito que, por certos indícios e infelizmente, vejo que se aproxima.”

Na contramão do desmonte físico das bibliotecas públicas, segue Pindamonhangaba, potencializando seus celeiros, incentivando a leitura entre as novas gerações e difundindo a cultura tanto na Biblioteca Pública Municipal “Vereador Rômulo Campos D’Arace” quanto nas outras cinco unidades implantadas em pontos estratégicos de seu território: Maria Bertha César (Moreira César), Maria do Carmo dos Santos Gomes (Vila São Benedito), Estação Cidadania (Residencial Vale das Acácias), a do Castolira e a do Araretama.

  • Divulgação.
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