Editorial : Uma é pouco Duas é bom Três é fundamental
Estamos em plena campanha para a aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid 19 e os números mostram que muita gente ainda não compareceu para receber o reforço na imunização.
Além de um aumento extremo no número de infectados, a Ômicron trouxe dúvidas sobre os efeitos das vacinas sobre essa variante da Covid-19 e o próprio futuro da pandemia. Um estudo realizado por cientistas franceses e belgas buscou justamente responder tais questões, e compreender a relação da cepa com os anticorpos oriundos das vacinas em suas diferentes doses, bem como de contágios anteriores. O estudo reforça a importância da terceira dose no combate à pandemia.
Segundo o estudo, entre pessoas vacinadas com duas doses tanto da Pfizer quanto da Astrazeneca, cinco meses após a vacinação os anticorpos já não neutralizavam a variante, em processo semelhante ao ocorrido com pessoas que desenvolveram anticorpos após contágio com o vírus nos 12 meses anteriores. Alguns anticorpos do grupo estudado perderam toda a capacidade antiviral, enquanto outros apresentaram perda de eficácia entre 3 a 80 vezes diante da Ômicron, se comparados à relação com a variante Delta.
A boa notícia do estudo é que o aumento do nível de anticorpos provocado pela terceira dose ou dose de reforço foi suficiente para neutralizar a nova cepa, permanecendo eficaz inclusive em indivíduos analisado um mês após serem vacinados.
A conclusão aponta que, mesmo perdendo parte da eficácia contra infecção, a terceira dose é capaz de proteger os pacientes contra quadros mais graves da doença.
Se você ainda não tomou sua dose de reforço, fique ligado no cronograma de vacinação, procure o local mais próximo a você e proteja a si mesmo e às pessoas ao seu redor.