Varejo da região perde cerca de R$ 355 milhões por ano com feiras ilegais
As feiras não legalizadas na região podem chegar a movimentar cerca de R$ 9,8 milhões por dia de funcionamento – o equivalente ao faturamento de um dia do comércio formal dos setores de vestuário, tecidos, calçados, eletrodomésticos, eletrônicos, lojas de departamento, móveis e artigos de decoração, os mais afetados pela informalidade.
Se essas feiras funcionarem uma vez por mês, ao longo de um ano, em todos os municípios da região, podem faturar mais de R$ 118 milhões. Se elas ocorrerem três vezes por mês, frequência mais comum atualmente, o faturamento pode chegar a R$ 355 milhões ao final de um ano todo.
Os dados recebidos pelo Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região) foram elaborados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), nos 39 municípios que compõe a regional de Taubaté.
Segundo a Federação, normalmente, as feiras itinerantes ilegais são realizadas aos finais de semana e antes de datas comemorativas, ou seja, períodos de maior movimento no varejo formal. Com a diminuição do faturamento, o comércio regular desacelera seu crescimento e diminui o potencial de criação de vagas de emprego. De acordo com as estimativas da Fecomercio SP, se as feiras ocorrerem três vezes ao mês, ao longo de um ano, 2,3 mil empregos deixam de ser criados no varejo formal.
Um dos motivos que levam os consumidores às feiras ilegais é o preço mais baixo, pois, muitas vezes, os produtos são oriundos de cargas roubadas ou que simplesmente não recolhem ICMS, impactando negativamente os cofres públicos.
Já os prejuízos pela não arrecadação de impostos, considerando que as feiras aconteçam três vezes por mês em um ano, podem variar entre R$ 14,2 milhões (considerando empresas com alíquotas de 4%), R$ 19,4 milhões (alíquota de 5,47%) e R$ 24,3 milhões (para empresas de pequeno porte com alíquota de 6,84%).